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MEC e MJ estimulam pesquisas científicas para enfrentamento de crimes
Avaliar e encontrar soluções tecnológicas para melhorar a segurança pública no Brasil. É para isso que os Ministérios da Educação e da Justiça e Segurança Pública lançaram nesta quarta-feira, 8 de janeiro, o Programa Nacional de Cooperação Acadêmica (Procad) em Segurança Pública e Ciências Forenses. Serão investidos R$ 10,1 milhões para estudos de mestrado, doutorado e pós-doutorado na área.
As pesquisas científicas irão auxiliar as forças de segurança principalmente no enfrentamento ao crime no país. Os estudos poderão traçar a origem de drogas e mapear redes de tráfico, identificar com precisão a autoria de crimes, por meio de exames de DNA em objetos, pessoas, corpos carbonizados e vítimas de violência sexual, além de ajudar no mapeamento de lavagem de dinheiro por meio de inteligência artificial e combater crimes de corrupção, pedofilia e invasão de privacidade com o uso do rastreamento. "Este programa mostra o comprometimento profundo do presidente Bolsonaro em enfrentar a criminalidade e a corrupção. A segurança pública está sempre entre os temas mais demandados pela população", afirmou Abraham Weintraub, ministro da Educação.
Um dos projetos, por exemplo, pretende desenvolver tecnologias para serem usadas em blitzes de trânsito, identificando se o motorista está sob efeito de drogas ilícitas. Também haverá estudos focados em crimes ambientais, em medicina legal e respostas a desastres. "Os investimentos em segurança pública sempre são demandados pela sociedade. É importante contar com conhecimento científico para construir políticas públicas na área", ressaltou Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública.
O trabalho vai envolver, além dos dois ministérios, a Polícia Federal, as secretarias Nacionais de Segurança Pública (Senasp) e de Políticas sobre Drogas (Senad) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). "Estamos buscando maior impacto social com as pesquisas para beneficiar mais a sociedade e contribuir para as universidades aumentarem o contato com o setor produtivo", disse Anderson Correia, presidente da CAPES.
Do total do orçamento previsto, R$ 6 milhões serão financiados pela Senasp ao longo de quatro anos (R$1,5 milhão/ano), R$ 2,1 milhões pela Polícia Federal e outros R$ 2 milhões pela CAPES.
Como vai funcionar - A partir da publicação de edital, que sairá nas próximas semanas, coordenadores de cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado de programas já existentes na CAPES poderão inscrever projetos para defesa de teses científicas.
A seleção do tipo de conhecimento a ser estudado e do pesquisador será feita por consultores da CAPES. A autarquia fará também, em conjunto com a Polícia Federal, a avaliação dos resultados dos estudos. Cada projeto poderá permanecer em pesquisa por até cinco anos. A iniciativa é voltada para universidades públicas, federais e estaduais, e instituições privadas.
Para a produção das teses, a CAPES oferecerá uma plataforma pela internet, chamada Portal de Periódicos, uma espécie de biblioteca virtual. O ambiente conta com o melhor da produção científica internacional. Atualmente, o acervo possui mais de 45 mil materiais.
Já a Polícia Federal permitirá que os pesquisadores tenham acesso, por exemplo, a dados estatísticos do órgão e a laboratórios físicos já utilizados durante as atividades policiais.
Procad - A CAPES já executa outros dois programas de cooperação acadêmica: Amazônia Legal e Defesa. No primeiro, estão sendo investidos R$7 milhões em bolsas e custeio para cerca de 80 projetos que têm como foco a ampliação e consolidação das redes de pesquisa na Amazônia Legal, região que abrange 59% do território brasileiro e onde está uma das maiores biodiversidades do mundo.
O outro programa tem um investimento previsto para este ano de R$13,5 milhões. Ele financia a cooperação entre instituições civis e militares para implementação de projetos voltados à formação de recursos humanos e à produção de pesquisas científicas e tecnológicas qualificados na área da Defesa.
(Brasília – Redação CCS/CAPES) em parceria com a comunicação social do MEC
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