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Laboratórios contribuem na luta contra o coronavírus
No combate ao novo coronavírus todas as linhas de atuação são essenciais. Assim que os pacientes com suspeita da doença são consultados, entra em ação a equipe laboratorial, responsável pelas análises dos testes da doença. Antes da COVID-19 chegar ao Brasil, os laboratórios já estavam se preparando para o recebimento de amostras.
Os testes são fundamentais para entender como a doença está se alastrando e encontrar formas de interromper o avanço. Para identificar o coronavírus é possível o uso de mais de um tipo de teste. O mais confiável, chamado RT-PCR, leva de um a sete dias para dar o resultado. Com o melhor conhecimento da doença por parte dos pesquisadores, vão surgindo novos testes, com diagnósticos mais rápidos, cujos resultados saem em menos de uma hora.
João Renato Rabello, pesquisador do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP), ajudou na estruturação do laboratório do Hospital Albert Einstein, na capital paulista, para receber pacientes com a COVID-19. Foi lá o local onde o primeiro caso da doença no Brasil foi confirmado. O pesquisador conta que no final de fevereiro a equipe já estava pronta para o atendimento, usando um protocolo alemão. “A gente já tinha tanto o controle positivo quanto os primers necessários para os testes. A partir daí chegou o primeiro caso. Na segunda ou terceira rotina, chegou o segundo. E isso tem crescido de uma forma muito grande”, afirma Rabello.
Com o primeiro diagnóstico no Brasil foi possível ativar uma rede de compartilhamento de informações entre laboratórios e pesquisadores de diversas instituições. O Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, fez a contraprova do primeiro teste positivo. A amostra do vírus foi enviada para pesquisadores que puderam sequenciar, isolar e distribuir as informações para outros laboratórios. Toda essa movimentação contribui para que mais locais possam fazer testes da doença e mitigar o avanço pelo país.
Combate às Epidemias
Os pesquisadores que estudam surtos, epidemias, endemias e pandemias terão o auxílio da CAPES através do
Programa de Combate às Epidemias
, com investimento de R$ 200 milhões. Serão distribuídas 2.600 bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado para programas de pós-graduação brasileiros. As primeiras 900 bolsas já estão sendo concedidas. Na última semana, foi lançado um edital para selecionar até 30 projetos e financiar mais 900 bolsistas. A terceira etapa do programa terá início nos próximos meses com distribuição de 800 bolsas.
Confira o edital nº 09/2020 .
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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