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AMAZÔNIA LEGAL
Instituto paraense investiga doenças virais e mercúrio no ar
Evitar novas epidemias, diminuir os efeitos da contaminação do ar e melhorar a qualidade de vida da população. Estes são alguns dos objetivos do projeto do Instituto Evandro Chagas (IEC), do Pará, selecionado no Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) na Amazônia Legal . Viroses emergentes no estado nortista e a quantidade de mercúrio no município de Cachoeira do Piriá (PA) são os alvos dos estudos.
O Programa de Pós-Graduação em Virologia (PPGV) da instituição buscará entender os aspectos clínicos e epidemiológicos de vírus circulantes no Pará. A pesquisa também envolve a possibilidade de criar ferramentas de diagnóstico para situações de emergência. Aqui, há uma ideia impulsionada pela pandemia da COVID-19, de combater agentes virais em um mundo marcado por crescimento populacional desordenado, condições precárias de saneamento, intenso tráfego aéreo e derrubada de florestas.
Por outro lado, o Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia e Vigilância em Saúde (PPGEVS) fará um plano para diminuir os impactos da contaminação do ar por mercúrio para melhorar a qualidade de vida da população de Cachoeira do Piriá (PA). Entre as ações previstas, está o oferecimento de oficinas educativas sobre saúde e meio ambiente para a população local bem como a disseminação do conhecimento por materiais educativos.
Walter Souza Santos, condutor do Núcleo de Ensino e Pós-Graduação do IEC, afirma que a instituição espera um aumento das notas dos programas, atualmente na faixa de 3 (PPGEVS) e 4 (PPGV). E explica um possível uso prático dos resultados. “A produção científica decorrente dessas pesquisas poderá servir como base para a tomada de decisão pelos gestores públicos de saúde no enfrentamento dos principais agravos”, explica.
Criado em 1936, o Instituto Evandro Chagas é um órgão de pesquisa vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde. Ali são desenvolvidos estudos nas áreas de ciências biológicas, meio-ambiente e medicina tropical, além da atuação em diversas instâncias da saúde pública.
PDPG Amazônia Legal
O
PDPG na Amazônia Legal
vai incentivar o desenvolvimento dos programas de pós-graduação em áreas estratégicas na região da Amazônia Legal. Serão oferecidas 488 bolsas: 130 para mestrado, 90 para doutorado e 268 para pós-doutorado. O investimento em cada projeto será de R$627,2 mil, dos quais R$200 mil são destinados ao custeio. A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e engloba nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
A seleção considerou como áreas estratégicas: Biotecnologia, Biodiversidade, Conservação e Recuperação Ambiental, Saúde Pública, Doenças Tropicais e Tecnologias para o Trabalho em Saúde, Combate e Prevenção Voltados ao Enfrentamento de Epidemias, Engenharias, Tecnologia de Informação e Comunicação, Clima, Energia e Recursos Hídricos, Produção Animal e Vegetal Sustentável, e Diversidade Sociocultural, Sustentabilidade e Atividades Socioeconômicas.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC)
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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