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Informática da Ufam se alinha ao setor produtivo
Cinco de cada dez estudantes que concluem o mestrado ou doutorado no Programa de Pós-Graduação em Informática da Universidade Federal do Amazonas atuam na área de pesquisa, trabalham em empresas ou criam startups. Por seu reconhecimento em formar profissionais qualificados na região, o curso se transformou em um hub de inovação, um espaço que fornece melhores alternativas em produtos e serviços ao setor produtivo, com impacto na vida da sociedade.
Criado em 2001 com o curso de mestrado, o programa, que inclui doutorado desde 2008, é nota 5 na avaliação da CAPES. “O nosso foco é na parte de empreender, no alinhamento com o setor produtivo, com resultados positivos no mercado”, conta o coordenador Eduardo Luzeiro Feitosa. As 20 startups montadas em dez anos, por exemplo, geram 300 postos de trabalho, sendo que duas delas devem faturar R$ 150 milhões este ano. Além deles, vários formandos trabalham nas empresas de tecnologia e comunicações da Zona Franca de Manaus.
“A cada ano temos um aumento na procura por conta dos nossos resultados em estimular novas ideias e novos empreendimentos na região”, enfatiza o coordenador. Os cursos atraem estudantes de várias partes da Região Norte. Dos 170 matriculados, 44 são bolsistas da CAPES. Metade dos concluintes trabalha como professor. O mestrado e o doutorado também incentivam a mobilidade internacional e a ampliação da pós-graduação na Amazônia Legal.
Soluções atendem necessidades do cidadão
Com expectativa de também ver a sua pesquisa se transformar em produto para o mercado, o doutorando Hendrio Bragança, um dos bolsistas da CAPES, desenvolve um programa para uso em smartphones e relógios inteligentes que identifica arritmias cardíacas. “Por meio de biossinais, de redes neurais profundas, conseguimos verificar e classificar doenças do comportamento humano”, descreve ele.
A pesquisa da mestranda Yumi Ouchi, outra bolsista da CAPES, também segue a linha de facilitar o cotidiano das pessoas. Ele desenvolve um sistema, que pode ser usado no telefone celular ou no computador, que traduz em legendas, a partir da identificação das imagens, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) sem a necessidade de intérprete. “Este estudo é de grande importância, por exemplo, para o atendimento de surdos que vão ao hospital e a informação não consegue ser passada ou recebida”, explica.
Para o conjunto de bolsistas, o auxílio da CAPES contribui para o aperfeiçoamento da pesquisa. “Além da alimentação, o recurso viabiliza a aquisição de publicações e viagens para participar de eventos acadêmicos”, argumenta o mestrando Igor Carneiro, que analisa formas seguras de tráfego de informações por meio de aplicativos móveis. Na visão da peruana Isabel Karina Rojas, que estuda a compatibilidade nos aplicativos móveis para atender melhor cada desenvolvedor de programas, a bolsa contribui para realizar atividades que ampliem suas redes de contato de trabalho: “Contribui para investir na formação e conhecer pessoas que desenvolvem projetos similares”.
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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