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Hillary Clinton afirma que intercâmbio com seu país já tem resultados
Washington — Teve início na manhã desta segunda-feira, 9, em Washington, a conferência Brasil-EUA: Parceria para o Século 21. Na abertura, a secretária de estado norte-americana, Hillary Clinton, em alusão ao programa Ciência sem Fronteiras do Ministério da Educação brasileiro, disse acreditar que o Brasil sabe o quanto é importante uma nação investir na educação de seu povo. "E já se pode ver os resultados", afirmou.
Na visão da secretária, programas como o Ciência sem Fronteiras ajudam a preparar a força de trabalho que a economia mundial requer. Em universidades dos Estados Unidos estudam hoje 555 bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação, selecionados pelo programa. Outros mil seguirão para aquele país no segundo semestre. De acordo com Hillary, os EUA também enviarão estudantes norte-americanos ao Brasil.
Participam do encontro acadêmicos, pesquisadores e empresários brasileiros e norte-americanos. Eles discutem a possibilidade de ampliar a cooperação entre Brasil e EUA nas áreas de educação e negócios. Ao longo do dia, os conferencistas participarão de debates, denominados trilho educacional e trilho empresarial, cada um com três painéis.
Na área educacional, os participantes discutirão a parceria no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras — intercâmbio de estudantes, professores e pesquisadores. Pesquisa, inovação, mercado de trabalho, setor aeroespacial, engenharia de tecnologia da informação e comunicação também são temas propostos. Serão assinados, ainda, 14 acordos entre o governo brasileiro e instituições de ensino norte-americanas para mobilidade de estudantes e professores por meio do programa.
No fim da tarde, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, participará de reunião sobre as prioridades de cooperação entre os dois países para 2012. A sessão de encerramento do seminário caberá à presidenta da República, Dilma Rousseff.
Programa — O Ciência sem Fronteiras promove a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacionais de estudantes, professores e pesquisadores. A oferta de bolsas prevê as modalidades graduação-sanduíche, educação profissional e tecnológica e pós-graduação — doutorado-sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado.
O programa estabelece a oferta de até 75 mil bolsas em quatro anos. Estudantes de graduação e pós-graduação podem fazer estágio no exterior para manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, tenta atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil.
(Letícia Tancredi – ACS/MEC)