Notícias
SUSTENTABILIDADE
Hidrogênio verde e petróleo sintético podem ajudar aviação
A obtenção de hidrogênio a partir de fontes de energias renováveis e posterior transformação em petróleo sintético podem ajudar a indústria de aviação a funcionar de forma mais sustentável. Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), que conta com um bolsista da CAPES, trabalha em parceria com a Alemanha para vencer este desafio. A equipe é liderada por Christian Alonso, professor dos programas de pós-graduação em Química e em Engenharia Química da instituição goiana.
O grupo recebeu €760 mil (R$4,2 milhões) da empresa alemã Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ). Os recursos serviram para desenvolver o Laboratório de Pesquisa em Processos Renováveis e Catálise (GO H2), inaugurado neste mês de novembro na UFG. “Nós chegamos a um acordo para o desenvolvimento de uma planta laboratorial para a produção de petróleo sintético”, explica o professor.
A ação é parte da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, executada a partir de diversos programas em variadas áreas do conhecimento. O projeto da UFG é parte de dois deles: o H2Brasil, feito em parceria entre a GIZ e o Ministério de Minas e Energia, para a produção do hidrogênio verde no País, e o ProQR, que envolve a GIZ e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e pretende produzir combustível sustentável para a aviação brasileira.
O trabalho de Lucas Clementino Mourão, bolsista de doutorado em Química na UFG pela CAPES, se dá na primeira etapa: a de obtenção do hidrogênio verde. “O petróleo é a principal fonte de hidrogênio no mundo inteiro, a partir do gás natural. Tem diversas pesquisas para a gente buscar outras alternativas: uma delas é a gaseificação da biomassa”, explica. Ele concentra os esforços na produção do hidrogênio a partir dos resíduos da indústria de biodiesel.
A produção do hidrogênio verde a partir de fontes renováveis não é um assunto novo para Christian Alonso. “Essa parte do projeto, tudo aquilo que envolve a produção de hidrogênio, o uso dos resíduos para a produção, começou a ser desenvolvida em 2014, em um projeto de pesquisa que nós conseguimos junto ao CNPq (Conselho Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e, desde sempre, com bolsistas CAPES”, diz o professor.
Legen
da
da
s imagens:
Banner: Imagem ilustrativa do iStock
Imagem 1:
Christian Alonso (esq.) coordena o laboratório GO H2, onde Lucas Clementino atua na produção de hidrogênio verde
(Foto: Arquivo pessoal)
Imagem 2:
Lucas Clementino Mourão é bolsista CAPES de doutorado em Química na UFG
(Foto: Arquivo pessoal)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura
CGCOM/CAPES