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Ex-bolsista descobre mutação genética que protege da malária
O estudo dos genomas da população africana levou o pesquisador Mateus Gouveia a descobrir uma mutação genética que ajuda na proteção contra a malária. A descoberta aconteceu durante seu doutorado-sanduíche, cursado no National Cancer Institute (NCI), nos EUA, financiado pela CAPES. O pesquisador é doutor em Genética pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O foco inicial dos estudos era entender como os genomas africanos compõem e influenciam os genes na população das Américas, como por exemplo, impacto e resistência a doenças. Mateus foi convidado a liderar um estudo sobre as populações da região da África Subsaariana, conhecida como ‘ Linfoma Belt ’ (‘Cinturão Linfoma’, em português). Por ali são comuns os casos de malária e do Linfoma de Burkitt, um tipo de câncer pediátrico. A malária é uma das principais causadoras desse câncer.
Depois de colher os genomas de 1.700 pessoas em Gana e Uganda, o grupo liderado pelo pesquisador brasileiro descobriu uma mutação em um gene importante na proteção contra a malária. O estudo foi publicado na última sexta-feira, 08, na revista científica PLOS Genetics , que possui relevância na área. “A partir desse estudo publicado e de seus desdobramentos, poderemos entender como funciona o mecanismo de proteção dessa mutação encontrada na pesquisa, tanto contra malária quanto contra o Linfoma de Burkitt”, afirma Mateus.
Agora, seu grupo vai estudar o efeito protetivo do gene, que está presente em 70% das populações Nilotas, do Uganda. No sul da África, região que fica fora do ‘ Linfoma Belt ’, o gene só está presente em 10% da população.
Atualmente, a CAPES financia 93.527 bolsistas de pós-graduação stricto sensu no Brasil e no Exterior.
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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