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Futuro da saúde passa pela impressão 3D
Órgão associado à vida e o primeiro a ser formado no corpo, o coração é símbolo de força e fragilidade. Nele, qualquer problema exige atenção especial pois pode mudar radicalmente a existência de uma pessoa.
Para ajudar no tratamento das doenças cardíacas, pesquisadores do Laboratório de Concepção e Análise de Artefatos Inteligentes (LaCA²I), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), trabalham com impressão em 3D. Assim, os médicos poderão conhecer fisicamente os corações dos seus pacientes e decidir, com segurança, qual a melhor solução.
O pesquisador, Leandro José Silva, atua diretamente na impressão dos corações. Sua expectativa é de que, em breve, os médicos possam usar esta tecnologia nos seus consultórios: “a partir da análise e mapeamento de angiotomografia, imprimimos o órgão em 3D para estudos acadêmicos; a ideia é que isso passe a auxiliar em cirurgias cardíacas”.
Além da impressão de órgãos do corpo humano, a impressora 3D do LaCA²I, que foi adquirida com o financiamento da CAPES, ajuda no desenvolvimento de ferramentas para pesquisadores de mais de 10 cursos. Walter Franklin, coordenador do laboratório, explica que a CAPES teve um papel fundamental na integração dos cursos: “Como era um edital de multiusuários, havia uma premissa de que o equipamento pudesse ser usado por outros laboratórios e departamentos. Temos, atualmente, 22 bolsistas de iniciação científica ou tecnológica, trabalhando em vários projetos que estão ligados com outros cursos, como a medicina e a engenharia”.
O laboratório também conta com pesquisadores estrangeiros. É o caso de Thyano Dia, estudante francês que participa do programa Brafitec, da CAPES. “É uma boa experiência. Foi a primeira vez que mudei de país para estudar. O laboratório tem muitos equipamentos para a confecção de produtos. Então modelamos a peça no computador e imprimimos na impressora 3D.”
O LaCA²I da UFPE já possui duas patentes registradas: uma forma mais ergonômica para o tradicional carrinho de mão, muito utilizado em obras, cuja patente facilita sua carga e descarga, auxiliando os trabalhadores, e um difusor orbital para ar-condicionado veicular, que direciona o ar de forma diferente e é mais simples de se manusear.
Além da Capes, o laboratório recebe financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe).
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(Brasília – CCS/CAPES)
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