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INOVAÇÃO
Fungos da Caatinga: potencial para medicamentos naturais
Para simplificar, agilizar e baratear o processo de extração da quitosana, um produto natural que ajuda a combater os radicais livres no organismo humano, Weslley de Souza Paiva pesquisa no Departamento de Bioquímica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) os fungos existentes no solo da Caatinga brasileira. A pesquisa, financiada pela bolsa CAPES Demanda Social, inova o processo de produção e reduz o impacto no meio ambiente.
A quitosana, um carboidrato natural disponível na natureza, é retirada da carapaça de crustáceos, como os camarões. A pesquisa pretende transformar esse processo ao obter uma ‘quitosana fúngica’, retirada de fungos encontrados no solo, com potencial de uso como medicamento natural do ser humano. Desse modo, o elemento poderá ser usado para deter o processo de oxidação das células. Como consequência, várias doenças como diabetes, mal de Parkinson, urolitíase (pedras nos rins), entre outras, poderiam ser evitadas.
“Já existem pesquisas que mostram que muitas doenças são causadas pelo estresse oxidativo, e que a quitosana, ao ser um potente agente antioxidante, pode ser usada na área da saúde para prevenir ou tratar inúmeras doenças”, explica Paiva. “Quando associamos a quitosana com ácido gálico descobrimos, inclusive, que a nova molécula potencializa em cerca de 50% a ação antioxidante. Esse é um diferencial extremamente importante em nossa pesquisa”.
Além destes aspectos, a nova estratégia elimina o processo de purificação da quitosana que é caro e agressivo ao meio ambiente. “É comprovado que o método tradicional, ao ser realizado de forma ineficiente, pode transportar algumas proteínas de superfície da carapaça do camarão causando alergias em algumas pessoas. Ao extrair dos fungos, isto não acontece mais”, revela Weslley.
A partir desta pesquisa, Weslley Paiva acredita que a quitosana fúngica pode ser adotada integralmente por vários ramos industriais. “A quitosana fúngica é uma molécula fantástica, não só por ter uma superioridade em termos diversidade de fungos no Brasil, mas também por multiplicar o valor dos produtos derivados e por ser uma substância que respeita o meio ambiente”, conclui.
Programa de Demanda Social
O
Programa de Demanda Social
da CAPES apoia alunos de programas de pós-graduação stricto sensu, oferecidos por instituições de ensino superior (IES) públicas, por meio da concessão de bolsas de estudo nos níveis de mestrado e doutorado.
Legenda das imagens:
Banner e imagem 1:
Testes em laboratório mostraram que a quitosana fúngica tem potencial antioxidante 50% superior ao tradicional
(Foto:
Cícero Oliveira / assessoria de comunicação UFRN)
Imagem 2:
Eficácia da quitosana fúngica já foi testada em animais
(Foto:
Cícero Oliveira / assessoria de comunicação UFRN)
Imagem 3:
Pesquisa de Wesley Paiva vem sendo desenvolvida desde o seu mestrado, onde ele também recebeu Bolsa da CAPES
(Foto:
Cícero Oliveira / assessoria de comunicação UFRN)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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