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Êxito da UAB é possível diante do bom funcionamento dos polos presenciais
A boa gestão dos polos de apoio presencial é vital para o sucesso do modelo de educação a distância (EaD) desenvolvido no pela Universidade Aberta do Brasil (UAB). Apresentada em trabalhos inscritos no 1º Encontro Internacional da UAB, a conclusão evidencia o foco local das iniciativas de EaD no país. No total, 12 trabalhos abordavam o tema gestão de polos, entre pôsteres e apresentações orais. O evento encerrou ontem, 25 de novembro, em Brasília.
Coordenadora do polo de São Luís (MA), Marina Santos Pereira chamou a atenção para possíveis usos políticos dos polos em seu trabalho Gestão de polo: entre a teoria e a prática. Segundo Marina, verificam-se com frequência casos de polos cujos coordenadores não foram indicados por suas competências educacionais, mas por relações com dirigentes públicos. A autora faz um alerta sobre a necessidade de critérios objetivos na escolha dos gestores. “Os polos são as estruturas fundamentais, são a materialização da Universidade Aberta. Assim, pessoas despreparadas põem em risco a própria UAB”, disse Marina.
Outra figura cuja atuação influencia de forma decisiva o sucesso das atividades de EaD é o tutor, seja presencial ou a distância, afirma Rosane Keller em seu estudo Imaginários e práticas: papel do tutor na educação a distância do ponto de vista do aluno, da instituição e do tutor. Rosane comparou opiniões de tutores, estudantes e coordenadores UAB sobre o a função destes profissionais no contexto da EaD. Sua conclusão é de que este lugar parece ser definido pelas instituições de ensino superior (IES), pois os discursos são semelhantes: orientar e acompanhar o aprendizado, sendo o verdadeiro representante das instituições nos municípios.
Institucionalização
No debate Institucionalização da EaD nas IES Públicas, os professores Hermano Carmo, da Universidade Aberta de Portugal (UAb) e Raquel Moraes, da Universidade de Brasília (UnB) discutiram o estabelecimento da educação a distância num contexto universitário marcadamente presencial. Para os estudiosos, quatro elementos precisam ser observados nesta consolidação: base legal; infraestrutura; metodologia pedagógica; e o fato de que o Brasil ruma para um sistema dual, no qual não se constituiu uma instituição específica para a EaD, mas promove-se uma adaptação da estrutura presencial.
No mesmo sentido pensa o diretor de Educação a Distância da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (DED/Capes), Celso Costa. Em suas palavras de encerramento, Costa manifestou a intenção de convocar as instituições para oferecer parte de suas cargas horárias na modalidade a distância. “Penso que 2010 será o ano do estabelecimento definitivo da EaD na cultura institucional acadêmica brasileira”, afirmou Costa.