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Ex-bolsista desenvolve pesquisa sobre fósseis e mudanças climáticas
O ex-bolsista do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) Adriano Aguiar tem realizado estudos sobre fósseis e mudanças climáticas a partir de seu intercâmbio de graduação-sanduíche na California State University, onde passou 11 meses. O trabalho de cooperação internacional fez com que Adriano fosse convidado para apresentar um trabalho numa conferência internacional em Baltimore, nos Estados Unidos.
O evento aconteceu no início de mês de novembro e contou com 58 países representados em mais de 7 mil participantes, entre estudantes e profissionais da área. "A experiência foi única, haviam varias exposições relacionadas com o tema e com a área de geologia. Durante minha apresentação eu pude interagir com diversos professores de universidades diferentes e acabei por perceber que a maioria deles conhecia ou estava envolvido de certa forma com o projeto de pesquisa em que eu fiz parte. Tanto o trabalho publicado como essa participação contam muito pro meu currículo como eu pude inferir dos já eram veteranos nesse tipo de evento", conta.
A pesquisa é na área de geologia, um estudo de fósseis encontrados no leste da África em busca de compreender um pouco a relação entre as mudanças climáticas da Terra e a evolução humana. "Quando estudamos geografia nas escolas, nós aprendemos de maneira simples como as rochas foram formadas e o que elas significam pra nossa história. Elas guardam tesouros valiosos como os fósseis, deixados pelos nossos ancestrais e que, nessa pesquisa, me ajudou a entender como eles podem ser importantes para descobrirmos como essas espécies viviam milhões de anos atrás, como nós evoluímos, e como lidamos com as mudanças climáticas", explica.
O ex-bolsista destaca a importância da experiência no exterior para sua trajetória acadêmica. "O CsF sem dúvida me ajudou a escolher o caminho que eu quero percorrer ao longo da minha carreira e me ajudou a descobrir de que formas eu posso fazer isso, o programa foi o grande responsável por me ajudar a dar o primeiro passo, a começar a construir o meu futuro."
Em seu relato, Adriano, que no Brasil estuda na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), disse que o CsF atendeu às expectativas do intercâmbio acadêmico. "Quando apliquei para o Ciência sem Fronteiras, eu tinha em mente todas as coisas que eu gostaria de fazer assim que pusesse os pés em outro país, e tinha grandes expectativas quanto a isso, é claro. O que posso dizer é que nos meses que morei fora, o programa correspondeu exatamente todas as expectativas que criei da mesma maneira e intensidade que esperava, e eu não poderia ser mais grato", conta.
Para o aluno, os conhecimentos adquiridos no exterior podem ser revertidos para o benefício de sua instituição no Brasil e mais amplamente para a sociedade brasileira. "Eu vejo que o intercâmbio não nos dá apenas o conhecimento das salas de aula, a vivência fora delas também, nos ensina muitas lições, nos mostra a capacidade que a educação tem de nos levar além e de criar mentes visionárias. O retorno que nós, jovens bolsistas, podemos dar, é simplesmente passar essa mensagem adiante, despertar essa vontade de criar algo que beneficie toda a sociedade, de empreender, e de que é perfeitamente possível fazer isso mesmo que não se tenha muitos recursos, pois todos somos capazes", conclui.
CsF
Lançado em dezembro de 2011, o Ciência sem Fronteiras busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) por meio de suas respectivas instituições de fomento – Capes e CNPq. Ao todo, 101.446 bolsas foram concedidas em quatro anos, conforme meta inicial do programa.
Consulte nesta página matérias sobre a atuação dos bolsistas do CsF.
Outras informações, no site www.cienciasemfronteiras.gov.br .