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FÁRMACOS
Estudo analisa efeitos da Ivermectina contra a COVID-19
Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (UFS) pretende determinar o efeito da Ivermectina na prevenção de manifestação clínica da infecção causada pelo SARS-CoV-2 em pacientes ambulatoriais infectados. O estudo foi aprovado pelo Edital nº11/2020 , do Programa de Combate a Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), vinculada ao Ministério da Educação (MEC).
Adriano Araújo, diretor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da UFS (CCBS/UFS), responde pelo projeto. Ele explicou que a Ivermectina é um “agente antiparasitário que tem sido investigado e utilizado como potencial candidato ao tratamento antiviral da COVID-19, por ter apresentado – em estudo in vitro – expressiva redução da carga viral do SARS-CoV-2, vírus responsável pela doença”.
Contudo, Araújo ressaltou que a administração oral do medicamento é a única licenciada para uso humano, o que “apresenta limitações farmacológicas, com comprometimento da biodisponibilidade”. Neste sentido, ele justifica que a “abordagem de formulações inovadoras para administração deste medicamento pode determinar a dose clínica eficaz em pacientes com COVID-19”.
O projeto propôs o reposicionamento da Ivermectina veiculada em microemulsão, para uso oral, e em nanopartículas lipídicas, para aplicação injetável, com avaliação clínica em pacientes com a doença, a partir do desenvolvimento de novos produtos. O coordenador contou que a pesquisa pretende, ainda, determinar “o efeito do fármaco sobre a evolução de severidade clínica e a mortalidade, em pacientes hospitalizados com diagnóstico de COVID-19”.
Recentemente, o grupo responsável pelo estudo publicou um artigo no EXCLI Journal , um periódico internacional de acesso aberto. Agora está trabalhando de forma retrospectiva com os resultados da Ivermectina, em pacientes tratados desde o início da pandemia. “A próxima etapa é concluir esse grande levantamento e iniciar as pesquisas de desenvolvimento das novas formulações, utilizando como base a nanotecnologia”, concluiu Araújo.
Programa Combate a Epidemias
É um conjunto de ações de apoio a projetos, pesquisas e formação de pessoal de alto nível para enfrentar a pandemia da COVID-19 e temas relacionados a endemias e epidemias, no âmbito dos programas de pós-graduação de mestrado e doutorado do País. O
Programa
está estruturado em duas dimensões: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas.
Em três editais, 109 projetos de pesquisa e formação de recursos humanos foram selecionados, com o envolvimento de mais de 1.300 pesquisadores de universidades brasileiras e estrangeiras. Os projetos vão estudar temas relacionados a Epidemias, Fármacos e Imunologia e Telemedicina e Análise de dados Médicos.
Confira no
Programa de Combate a Epidemias
os detalhes dos três editais:
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CAPES - Epidemias - Edital nº 09/2020
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CAPES – Fármacos e Imunologia - Edital nº 11/2020
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CAPES – Telemedicina e Análise de Dados Médicos - Edital nº 12/2020
Confira o resultado final do Edital nº 09/2020
Confira o resultado final do Edital nº 11/2020
Confira o resultado final do Edital nº 12/2020
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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