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Estudante do IFMA realiza estágio na maior construtora do Leste Europeu
O estudante do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) Paulo Henrique Santos Queiroz teve uma significativa experiência de formação a partir de sua experiência como bolsista do programa Ciência sem Fronteiras (CsF) na Budapest University of Technology and Economics , na Hungria. Após o encerramento das atividades acadêmicas na Universidade de Tecnologia de Budapeste, o aluno passou a integrar como estagiário a equipe da construtora Strabag, atuando em diferentes projetos de construção civil e participando de eventos e atividades correlatas.
A Strabag é a maior construtora do Leste Europeu e uma das maiores empreiteiras do mundo, contando com mais de 76.800 funcionários. A companhia é ativa na Alemanha, em todos os países do Leste europeu e em algumas áreas específicas da Europa Ocidental, além de atuar também na Península Arábica, Canadá, Chile, Índia e China.
"A Strabag trabalha com construções das mais variadas, desde ferrovias a prédios comerciais, de pontes a estradas. Neste período na Strabag, tive a honra de conhecer os mais diferentes setores da companhia, compreendendo todas as etapas da construção. Em Budapeste, tive a oportunidade de acompanhar projetos e execuções de variados tipos de obra: desde demolições de prédios comerciais a reformas de ferrovias. Sem sombra de dúvidas, minha primeira experiência de trabalho não poderia ter sido mais completa", afirma Paulo Henrique, cuja graduação-sanduíche na Hungria foi de março de 2014 a agosto de 2015.
Depois desse momento inicial de conhecimento das áreas dentro da empresa, Paulo trabalhou na Gerência de Qualidade e Segurança da Strabag em Budapeste. "O trabalho em qualidade requer muita responsabilidade, pois influencia diretamente em como a sociedade vê a empresa, pois garante satisfação tanto aos trabalhadores quanto aos clientes. Fez parte do nosso trabalho, além da Gestão de Segurança, que inclui tanto a segurança dos trabalhadores e das pessoas que vivem no entorno, quanto segurança ambiental; a checagem das propriedades dos produtos entregues na obra; e a verificação de qualidade da execução em si, pois de nada adianta bom material com aplicação de má qualidade. No fim, é uma área com trabalho que, apesar de extenuante, é extremamente gratificante, pois interfere no resultado final da construção, em todos os sentidos", afirma o estudante.
O bolsista brasileiro elogia o ambiente internacional oferecido pela companhia, que, segundo ele, reflete o que é morar em Budapeste. "Na obra onde passei maior tempo, todos os projetos estavam disponíveis em inglês, por motivo do contratante ser uma universidade americana que atua em Budapeste; em alemão, posto que a Strabag é uma companhia austríaca; e em húngaro. Essa diversidade, absolutamente, é um fator ímpar no desenvolvimento técnico de toda a equipe. Sem contar o auxílio sempre presente dos engenheiros e técnicos, disponíveis a resolver as nossas dúvidas e nos integrar no cotidiano da empresa", completa.
Desenvolvimento tecnológico e pessoal
O aluno ainda participou de atividades de desenvolvimento tecnológico no decorrer do ano acadêmico sob a supervisão, na Hungria, da professora Katalin Kopecskó do Departamento de Materiais de Construção e Engenharia Geológica da BME (Budapest Műszaki Egyetem, em húngaro); e, no Maranhão, do professor Fábio Henrique Silva Sales, do Departamento de Física do IFMA.
Além dos trabalhos de desenvolvimento tecnológico, Paulo enfatiza o crescimento pessoal obtido com o Ciência sem Fronteiras. "A experiência de um estudante que participa do Ciência sem Fronteiras é o que cada um faz dela. Fico feliz em poder dizer que aproveitei as oportunidades na área de pesquisa e também no campo profissional. Sou imensamente grato ao povo brasileiro pela oportunidade de desenvolver competências e habilidades que puderam me proporcionar tamanho desenvolvimento profissional, acadêmico e, sobretudo, pessoal. Acredito que um horizonte de novas perspectivas se abre aos olhos de todos que puderam participar do programa. Ter vivido além do que eu achava que podia me faz acreditar no meu potencial e me mostra que, com dedicação, todos nós podemos ir muito além", encerra o aluno.
Ciência sem Fronteiras
Lançado em dezembro de 2011, o
Ciência sem Fronteiras
busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) por meio de suas respectivas instituições de fomento – Capes e CNPq.
Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior. Dados do programa podem ser consultados no Painel de Controle do CsF .
( Com informações do Ciência sem Fronteiras na Hungria )