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Estudante do Ciência sem Fronteiras recebe premiação em congresso internacional
O estudante de doutorado sanduíche do programa Ciência sem Fronteiras, Bruno Sielly Jales Costa recebeu prêmio por melhor artigo discente no International Conference on Cybernetics (CYBCONF' 2013), um congresso realizado pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) e pela Systems, Man and Cybernetics Society (SMC), na cidade de Lausanne, Suíça.
Bruno apresentou o paper intitulado "A Practical Implementation of Self-evolving Cloud-based Control of a Pilot Plant" e foi o autor principal do artigo, que foi escrito em conjunto com o Plamen Angelov, orientador do doutorado-sanduíche do estudante na Universidade de Lancaster na Inglaterra e com os professores da Universidade de Ljubljana, Eslovênia, Igor Skrjanc e Saso Blazic.
De acordo com o estudante, o artigo possui uma ampla aplicabilidade industrial. "Apresentamos no artigo a implementação prática de um novo conceito de controlador, de aprendizagem autônoma, aplicável aos mais diversos processos industriais existentes, capaz de ser inicializado sem nenhuma informação prévia sobre a planta e que aprende automaticamente durante o processo de controle", explica.
Experimentos
Todos os experimentos do artigo foram realizados nas instalações do Campus Natal do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), onde Bruno atua como professor há mais de quatro anos. "Conseguimos realizar o controle de um processo industrial real através da utilização de uma planta piloto de destilação de líquidos que o IFRN adquiriu e recentemente colocou em funcionamento. Essa abordagem é uma extensão do conceito padrão de Sistemas de Inferência Fuzzy, área de conhecimento que teve como um dos principais colaboradores o professor Michio Sugeno, que estava presente na conferência", enfatiza Bruno.
Além do experimento em si, o aluno destaca os benefícios da experiência internacional do doutorado-sanduíche. "As experiências vivenciadas no exterior, a troca de informações, as relações acadêmicos e profissionais criadas bem como a imersão em uma nova cultura e idioma são de extrema importância na formação do doutorando. A expansão do Ciência sem Fronteiras vem possibilitando ao aluno brasileiro alcançar uma formação positivamente diferenciada, fato que já é bastante perceptível no meio acadêmico internacional", afirma. O paper deverá ser publicado em breve na página do
IEEE Xplore
. "Acredito ser uma excelente vitória para o programa", conclui.
Ciência sem Fronteiras
O
Ciência sem Fronteiras
é um programa que busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento - CNPq e Capes.
O projeto prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior.
Até o mês de maio deste ano, foram implementadas 22.229 bolsas. Outros dados do programa podem ser consultados no Painel de Controle do CsF.
( Pedro Matos )