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Estudante de Palmas recebe premiação na Irlanda
O estudante de Engenharia de Minas Allan Valentim Melo de Souza foi um dos 170 bolsistas do estado do Tocantins a participar, até o momento, do programa Ciência sem Fronteiras (CsF). Allan foi selecionado para uma bolsa de 14 meses na National University of Ireland, Galway, onde recebeu o prêmio de Embaixador Internacional Estudantil como reconhecimento pelas atividades de disseminação de experiências de alunos estrangeiros no país. Segundo o governo irlandês, a premiação homenageia estudantes que se destacaram por sua contribuição em atrair estudantes estrangeiros a estudar na Irlanda.
A cerimônia de premiação aconteceu no final do primeiro semestre letivo de 2015 na casa oficial de encontros e eventos do governo irlandês, a Farmleigh House , onde os embaixadores receberam certificado pelas mãos da ministra de Educação da Irlanda, Jan O' Sullivan. No evento estiveram presentes também os embaixadores de países, como Índia, China, EUA, Inglaterra, Japão, Turquia, Brasil e outros. "Eu tive a honra de conhecer o embaixador do Brasil, na Irlanda, o senhor Afonso José Sena Cardoso. Foi um dia memorável e uma experiência incrível", conta.
Experiência no exterior
Allan foi um dos quatro estudantes do Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP) selecionados para o Ciência sem Fronteiras e seu relato sobre a experiência no exterior ressalta a transformação possibilitada pelo programa. "Foram os 14 meses mais incríveis da minha vida até o momento. Sempre tive o sonho de viajar para o exterior e de fazer um intercâmbio fora do Brasil. Quando eu soube do CsF, comecei a me preparar para isso. Eu já estava estudando inglês e aproveitei a oportunidade para intensificar ainda mais meus estudos e manter um bom nível na universidade", conta.
Além dos 12 meses como estudante da universidade irlandesa, Allan também pode realizar por dois meses estágio no Departamento de Ciências da Terra e dos Oceanos da instituição. "O trabalho foi realizado no Laboratório do Grupo de Estudos em Inclusões Geofluidas, sob orientação da pesquisadora Alessandra Costanzo. No meu projeto estávamos estudando inclusões fluidas em rochas e gemas do Malawi, na África. Foi um período de muito aprendizado e de oportunidade que seria muito difícil de ter na minha universidade no Brasil".
Retorno e futuro
De volta ao Brasil, o estudante sente que o investimento que recebeu na formação pode ser convertido à sua instituição e ao Brasil. "Uma das maiores contribuições que vejo que pode ser implementada em minha universidade é aprimorar a cooperação internacional para desenvolvimento de novos projetos e aperfeiçoamento de projetos já existentes."
Allan conta que hoje possui contatos profissionais de alta qualidade que estão dispostos a criar novos vínculos. "A bagagem intelectual e cultural adquirida ao longo desses 14 meses de intercâmbio em Galway, na Irlanda, mudaram minha visão de mundo e me fizeram valorizar muito mais algumas coisas que o nosso país tem de bom, mas, ao mesmo tempo, aumentou o meu senso crítico com relação a diversos assuntos, além de ampliar minha vontade de mudança e de contribuição com o desenvolvimento e melhora da minha família, universidade, sociedade e do meu país", afirma.
Sobre o futuro, Allan conta que pretende dar segmento à pesquisa iniciada no estágio do CsF. "Fui convidado pela Dra. Alessandra a fazer parte do quadro de doutorandos do grupo e juntos elaboramos um projeto de doutorado pleno no exterior. O CsF me deu a oportunidade de conhecer pessoas que eu jamais sonhei em conhecer, além de possibilitar o estudo em uma universidade de excelência. Foi incrível! É uma iniciativa sem igual."
Ciência sem Fronteiras
Lançado em dezembro de 2011, o
Ciência sem Fronteiras
busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) por meio de suas respectivas instituições de fomento – Capes e CNPq.
Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior. Dados do programa podem ser consultados no Painel de Controle do CsF .
(Pedro Arcanjo)