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Escolas Ribeirinhas Sustentáveis: a CAPES na Amazônia
Foram capacitados 60 professores de 36 escolas da região, que lecionam para mais de mil alunos.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) comemora o encerramento do projeto Escolas Ribeirinhas Sustentáveis no município de Carauari, região do Médio Juruá. Em parceria com Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Amazônia (IFAM), o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) foi a ferramenta ideal para desenvolver o curso de formação continuada para professores de 60 comunidades ribeirinhas do Rio Juruá, que lecionam para mais de mil alunos de 36 escolas da região.
O curso foi uma aproximação do Sistema UAB com a região e ajudou a conhecer o potencial das parcerias para outros projetos de longo prazo desenvolvidos no local. O Escolas Ribeirinhas Sustentáveis contou com a colaboração de órgãos municipais, estaduais e federais, além das associações de extrativistas e empresas que atuam na região.
As ações do Projeto foram organizadas em três seminários de formação continuada durante 2019. Neles foram discutidos temas como a importância da água em suas múltiplas dimensões, desde o corpo, casa, comunidade até as bacias hidrográficas e o planeta. Além da abordagem conceitual, foram trabalhadas com os professores técnicas ecológicas a serem aplicadas nas escolas, tais como filtragem da água, horta e cartografia social, além de atividades de educomunicação. Neste momento os professores colocavam em prática, em suas escolas, o aprendizado dos seminários. No segundo semestre de 2019 estes educadores passaram a contar com a participação de jovens selecionados para atuar como facilitadores das atividades.
O encerramento do projeto, como desdobramento do último seminário, foi o Festival das Águas, evento em que a comunidade urbana, rural e também das terras indígenas de Carauari tiverem a oportunidade de compartilhar seus saberes, experiências e modos de fazer que, de uma maneira ou de outra, possuem relação com o cuidado das águas do Médio Juruá. Deste modo, fortalecem o seu sentido de pertencimento, de identidade.
Philippe Waldhoff, professor do curso de Engenharia Florestal e coordenador do projeto pelo IFAM falou sobre a iniciativa. “Inicialmente a ideia do projeto era levar propostas de ações relacionadas aos cuidados com a água. Cuidados especificamente relacionados ao uso pessoal, comunitário e ao entendimento da água como um bem mundial. E então, qual a importância da Amazônia com relação à água em todo o país, em todo o planeta”, disse.
Waldhoff comemorou os resultados de dois anos de trabalho além do esperado e exaltou o encerramento das atividades: “Alcançamos, ineditamente também, um resultado que foi para além dessa capacidade de articulação com as escolas. Que pôde alcançar o município como um todo, que culminou no Festival das Águas, onde toda a população local teve a oportunidade de conhecer os projetos que já existem no município, que tratam de questões relacionadas ao meio ambiente deles como, por exemplo, o pirarucu manejado de lagos, a andiroba, que vem de área de várzea, e outros produtos regionais”.
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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