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Encontro aborda formação de doutores e qualificação das universidades públicas
A presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Elisangela Lizardo, em mesa-redonda realizada nesta segunda-feira, 26, em Natal (RN), abordou a importância da formação de mais doutores no país. “Tenho visto críticas equivocadas. Há quem diga que já temos muitos doutores, que não precisamos continuar formando no ritmo em que estamos. Digo que precisamos formar mais de 10 mil doutores/ano para que possamos realizar o desenvolvimento econômico e social do país.”
Em complemento à abordagem de Lizardo, a vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, recomendou, para os que ainda não conhecem, a publicação Doutores 2010, do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE/MCT). “Quem não viu o livro apresentado na 4ª Conferência Nacional de Ciência Tecnologia & Inovação, procure a publicação. O estudo cala as vozes de quem não quer ver o que está acontecendo”, recomendou Nader.
A mesa-redonda, que tratava dos três anos do Programa Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), foi parte da programação da 62ª Reunião Anual SBPC. O debate também contou com a participação de representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da Secretaria de Educação Superior (Sesu/MEC).
Pós-graduação
Elisangela Lizardo falou que a expansão das universidades afeta diretamente a pós-graduação. “A ANPG ressalta que o fomento, em especial as bolsas, tanto de iniciação científica como para os pós-graduandos, é muito importante para o desenvolvimento do sistema. Essas iniciativas devem ser casadas com a ampliação do ensino superior.” Já Helena Nader ressaltou que considera a pós-graduação como um dos desafios do programa de expansão das universidades federais. “Quero ver como será o ‘Reuni da pós-graduação’.”
O coordenador-geral de Expansão da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior, da Secretaria de Educação Superior (Sesu/MEC), Murilo Camargo, falou de uma nova iniciativa, que busca apoiar as universidades públicas no desenvolvimento de seus programas de pós-graduação - Programa de Qualificação das Universidades Públicas –, parceria da Sesu com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Também abordou o encontro realizado nos dias 13 e 14 deste mês na Capes, com universidades estaduais e federais que ainda precisam desenvolver seus programas. “Começou a ser feito um mapa da situação de cada instituição, pois elas terão que se atender, dentro de um prazo estabelecido, o que prevê resolução já aprovada pelo CNE, mas que ainda necessita de homologação pelo MEC.” O coordenador se referia à resolução, que regulamenta o art. 52, inciso I da Lei 9.394, de 1996, e dispõe sobre normas e procedimentos para credenciamento e recredenciamento de universidades do Sistema Federal de Ensino. No art. 3º, inciso VI, é dito que, para ser credenciada como universidade, a instituição deve ter oferta regular de pelo menos quatro cursos de mestrado e dois de doutorado, reconhecidos pelo MEC. As instituições que não preenchem este requisito terão prazo para cumprimento até 2016, com estágio em 2013, no qual alguns cursos já devem estar em funcionamento.
A 62ª Reunião Anual da SBPC, que este ano tem como tema Ciências do Mar: herança para o futuro, segue até sexta-feira, 30, no campus da UFRN. A Capes participa do evento com estande na EXPOT&C;, onde é apresentado o Portal de Periódicos. Também está programado, durante a semana, o minicurso Pesquisa bibliográfica: como usar o portal de mais de 22 mil periódicos da Capes.
Nesta terça-feira, 27, o diretor de Programas e Bolsas no País da Capes, Emídio Cantídio de Oliveira, participará da mesa-redonda O Plano Nacional de Pós-Graduação, às 15h30, na Escola de C&T;, Anfiteatro C. Também participam da mesa-redonda a presidente da ANPG, Elisangela Lizardo; Francisco Cezar Sá Barreto, da UFMG; e José Antonio Aleixo da Silva, representante da SBPC.
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