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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Em Roraima, CAPES debate desafios para a Amazônia
O destino da Amazônia é fundamental para a solução das crises globais. A frase faz parte da apresentação de Mercedes Bustamante, presidente da CAPES, no encontro de reitores das universidades federais dos estados que compõem a Amazônia Legal (todos da Região Norte, Maranhão e Mato Grosso) . Os debates ocorr eram na Universidade Federal de Roraima (UFRR), em Boa Vista, na quarta-feira, 26 de abril, e n a quinta, 27. A o final dos trabalhos, será escrita a Carta de Roraima. José Geraldo Ticianeli , reitor da UFRR e anfitrião, classificou-a como “ um documento norteador da região ”.
A proposta do evento é analisar perspectivas, cenários, vocações e desafios da região sob o ponto de vista de quem vive nos estados amazônicos. A CAPES , que representou o governo federal , discuti u as demandas lo cais e afirmou ser a educação um agente de redução de assimetrias e desigualdades do País. No mesmo contexto em que afirmou que a solução de crises que envolvam o planeta passa por um olhar especial para a Amazônia, Bustamante explicou: “A resiliência dos ecossistemas amazônicos depende das interações complexas de sua extraordinária, única e insubstituível diversidade biocultural ”.
A
concretiza
ção dessa realidade
passa
pela ciência, pela pesquisa e pelo fomento à pós-graduação, além da
retenção de doutores nos estados
d
a Amazônia Legal (Região Norte, Maranhão e Mato
Grosso).
A região vem aumentando sua participação no
Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). Eram 151 programas de pós-graduação (PPG) em 2011, número que passou por um crescimento de 102% e atingiu 305 em 2021. Houve aumento também no número de matriculados (183%) e de titulados (128%).
No entanto,
em 2022, recebeu somente
5% da concessão anual
de bolsas de pós-graduação
da Fundação. Um encontro regional, portanto, dá mais voz a quem está ali.
“ Somos sempre pautados por outras questões, por outros atores, e mais do que ninguém temos autoridade para discutir esses problemas ”, analisa Francisco Ribeiro, reitor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará ( Unifesspa ) . “ E nossa região tem características peculiares: diversidade cultural e biológica únicas. A inserção das universidades federais nesse contexto é fundamental para o desenvolvimento da região e do País ”, continu ou o gestor, que também é o presidente da parte para a Região Norte da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes Norte).
Para Evandro Silva, reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e representante da diretoria nacional da Andifes na reunião, o debate sobre a Amazônia se trata de “um projeto de País” sob a óptica das universidades. Isso significa a promoção do desenvolvimento científico, econômico, social e tecnológico da região pelo fomento à educação.
Sobre a
Andifes
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (
Andifes
) existe desde 1989. A associação é a representante oficial das universidades federais nas interlocuções com o governo federal e a sociedade em geral. A entidade congrega 69 universidades federais, dois institutos federais de educação, ciência e tecnologia e dois centros federais de educação, ciência e tecnologia. A parte Norte reúne 11 dessas universidades, todas elas representadas no evento desta semana.
Legenda das imagens:
Banner e imagem 1: Mercedes Bustamante enfatizou que o destino da Amazônia é fundamental para a solução de crises globais
(Foto: Naiara Demarco - CGCOM)
Imagem
2:
Francisco Ribeiro, reitor da Unifesspa e presidente da Andifes Norte, Mercedes Bustamante, presidente da CAPES, e José Geraldo Ticianeli, reitor da UFRR e anfitrião do evento (
Foto: Naiara Demarco - CGCOM)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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