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Em audiência na Câmara, CAPES discute proficiência para candidatura a bolsas
A demanda de comprovação de um nível mínimo de domínio de idioma estrangeiro para interessados em bolsas pagas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para doutorado no exterior foi tema de audiência pública ocorrida na terça-feira, 29, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Desde o lançamento do último edital do Programa de Doutorado-sanduíche no Exterior (PDSE) , em 2017, os estudantes devem comprovar um nível mínimo de domínio da língua do país de destino.
Presente na mesa de discussão da audiência, o presidente da CAPES, Abílio Baeta Neves, apresentou a fundamentação para a exigência de proficiência de idiomas para a candidatura ao PDSE. “Nosso objetivo com essa medida é aperfeiçoar a experiência de aprendizado no exterior, a produção científica e o intercâmbio de ideias dos estudantes”, esclareceu. Segundo o dirigente, as discussões que antecederam o anúncio foram realizadas com os principais interlocutores da área, com destaque para a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Fropop).
Para a representante nacional dos pós-graduandos, Tamara Naiz, o nível de inglês exigido pela CAPES deveria ser semelhante ao praticado por seus parceiros. “O nível cobrado pela CAPES está bem acima do cobrado pela Fulbright , por exemplo. Precisamos andar no mesmo passo que nossos parceiros”, sugeriu a presidenta.
Outro ponto da pauta foi a exigência de proficiência em inglês para estágio de doutoramento em Portugal. Para Baeta Neves, o uso do inglês em uma experiência no exterior vai além das atividades curriculares. “O inglês é a língua mundial da ciência, e a participação do estudante no doutorado sanduíche não se resume às atividades específicas; serve também para o estudante ter uma experiência aprofundada – redigir trabalhos científicos, ministrar aulas, apresentar-se em eventos internacionais”, explicou Baeta Neves.
Também compareceram ao encontro a deputada Alice Portugal (BA) e representantes de instituições educacionais, estudantes de pós-graduação e de organizações políticas.
Cursos de idiomas
Para alcançar a proficiência nos diversos idiomas, o estudante de pós-graduação conta com ferramentas gratuitas como o programa Idiomas sem Fronteiras (IsF), que oferta cursos gratuitos presenciais de Alemão, Espanhol, Francês, Italiano, Japonês e Português para estrangeiros em universidades federais cadastradas ao Programa Idiomas sem Fronteiras.
Podem se inscrever no IsF estudantes, docentes e servidores técnico-administrativos das universidades públicas ou provadas parceiras credenciadas ao Programa IsF como Núcleos de Línguas. O IsF é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino de Nível Superior (CAPES).
MEO
Estudantes com dificuldades em comparecer a cursos presenciais contam ainda com o curso on-line gratuito
My English Online (MEO)
, que atualmente oferta cerca de quatro milhões de vagas para alunos de graduação e de pós-graduação, além de Professores e Técnicos dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia e Universidades Federais.
Baseado na ferramenta de ensino de idiomas MyELT, o MEO oferece aos usuários um pacote completo de atividades interativas para o estudo da língua inglesa em qualquer horário e em qualquer lugar. Existem cinco módulos de ensino disponíveis no curso: Iniciante, Básico, Pré-Intermediário, Intermediário e Avançado.
(Lucas Lopes – Brasília – CCS/CAPES – com informações do Idiomas Sem Fronteiras)
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