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Educação básica é tema de encontro em Brasília
Aumentou a procura por pós-graducação, segundo o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nivel Superior (Capes/Mec) Jorge Almeida Guimarães. Ele proferiu palestra, na última quarta-feira-feira, dia 27, em Brasília, no encontro que reuniu representantes de 43 de 46 Instituições de Ensino Superior (IES) filiadas à Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem). O evento, realizado pelo Ministério da Educação (MEC), teve o objetivo de fortalecer e estreitar as relações do ministério com as universidades estaduais e municipais do país, por meio de programas e editais.
Guimarães ministrou a palestra "Painel de oportunidade nas políticas públicas do MEC para universidades públicas estaduais e municipais" e destacou as ações da nova Capes, que conta hoje com a criação de três novas diretorias. O presidente destacou ainda o avanço da produção científica no Brasil que hoje ocupa a 15º posição mundial. "A Capes é hoje o que nós desde 2004 viemos projetando como a chamada educação sistêmica, que vai desde a educação básica ao doutorado. Está faltando a creche, mas talvez isso seja por pouco tempo".
O presidente da Capes afirmou que há uma demanda enorme pela pós-graduação em todas as áreas, mas alertou que o país continua tendo um número relativamente baixo de cientistas, e ressaltou que o crescimento da pós-graduação é insuficiente para atender à demanda do país. "Precisamos cuidar do ensino brasileiro, dando atenção principalmente à formação de professores e assim formar mais cientistas ".
Além do presidente da Capes, também participou do evento o diretor da Educação Básica Presencial, Dilvo Ristoff, que destacou a importante missão do desenvolvimento da educação básica no país. Segundo Ristoff, as deficiências da educação básica estão associadas tanto à qualidade quanto à quantidade. "O grande objetivo é a formação de professores em maior número e com melhor qualidade. Ocupamos o 50º lugar no ranking dos exames internacionais e é preciso trazer a educação básica a um patamar mais elevado de qualidade, para termos assim uma graduação melhor e uma pós-graduação ainda melhor do que já é hoje".
Ristoff acrescentou que a contribuição de todos é fundamental para mudar o atual quadro da educação básica brasileira: "Eu acredito que o problema da educação básica é de tal magnitude que o Brasil precisa do apoio determinado de todas as instituições formadoras de qualidade. Este encontro é um bom começo".
A formação de professores, que está sendo especialmente estimulada por meio dos programas de fomento da Capes como o PIBID, o Prodocência, o Observatório da Educação e outros, permitirá que o Brasil consiga reverter o quadro atual da educação básica, tornando a formação de professores para este nível de ensino, uma atividade nacional, sistemática e permanente, enfim um projeto de Estado, que ultrapasse governos. (Assessoria de Comunicação da Capes)