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Docentes brasileiros desenvolvem trabalho sobre produção agroalimentar
Os docentes do Departamento de Ciências Sociais Agrárias e da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Flávio Sacco dos Anjos e Nádia Velleda Caldas passarão todo o ano de 2015 atuando como professores visitantes junto a Universidade de Calábria na Itália. Contemplados com a bolsa de Estágio Pós-Doutoral da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), os pesquisadores estão levando à Europa um pouco da experiência de qualidade na produção agroalimentar e de alimentos orgânicos adquirida no sul do Brasil.
O trabalho de professor visitante envolve ministrar seminários temáticos, participar de atividades do Departamento de Ciência Política e Social da universidade, acompanhar atividades de pesquisa, conhecer os projetos que vêm sendo desenvolvidos além de elaborar e publicar trabalhos científicos com os colegas italianos. "Consideramos a experiência extremamente positiva, especialmente no que tange à divulgação das pesquisas que realizamos na nossa região do Brasil sobre temas afins aos colegas italianos, criando um espaço rico de troca de conhecimentos e de interação", afirma Flávio.
A experiência também conta com convites para apresentar conferências e palestras em outras instituições, como foi o caso da 10ª edição do curso de verão da "Escola de Desenvolvimento Local Sebastiano Brusco", localizada em Seneghe, Sardenha, Itália. A edição 2015, intitulada "Empreendedorismo, Território e Inovação", aconteceu de 20 e 24 de julho de 2015, tendo como público alvo acadêmicos da Universidade de Cagliari, técnicos ligados a projetos de desenvolvimento territorial da União Europeia, pesquisadores e professores de universidades italianas.
No curso de verão, o professor Flávio Sacco realizou palestra sobre processos de construção social da qualidade na produção agroalimentar, enquanto a conferência da professora Nádia Caldas apresentou a experiência brasileira de certificação participativa de produtos orgânicos. "O trabalho foi desenvolvido por meio de uma dinâmica que alternava a apresentação de conferências de pesquisadores italianos e não italianos de diversas áreas e campos do conhecimento (ciência política, sociologia, economia e antropologia) com ênfase na questão do desenvolvimento territorial e de processos de construção social da qualidade na produção agroalimentar (produtos típicos, indicações geográficas, produtos orgânicos ou ecológicos). O curso durou uma semana e incluiu ainda a apresentação e discussão de experiências específicas ligadas à construção de marcas e processos de qualidade no âmbito da produção de vinhos, queijos, azeites, turismo rural na região da Sardenha", explica o professor.
Para o pesquisador da UFPel, a experiência de pós-doutorado no exterior funciona como aprendizado e troca. "O apoio da Capes é fundamental. Significa a possibilidade não somente de conhecer o trabalho que vem sendo desenvolvido em centros de excelência, mas, sobretudo, de mostrar aos colegas europeus o que estamos produzindo ao longo dos últimos anos, de realizar estudos comparados, de cotejar nossa realidade com experiências similares levadas a efeito no Sul da Itália, além de explorar as possibilidades de construir projetos conjuntos de pesquisa e formação de recursos humano", conclui.
Estágio Pós-Doutoral
O Programa de Pesquisa Pós-Doutoral no Exterior da Capes destina-se a realização de estudos avançados que sejam posteriores à obtenção do título de doutor. O programa concede bolsas de estudos para pesquisadores que possuem o título de doutor há menos de oito anos. O objetivo é atuar como forma opcional para a carreira de docentes e pesquisadores, para complementar a formação com desenvolvimento de projetos conjuntos e em parceria com instituições de excelência no exterior.
Conheça o Programa de Pesquisa Pós-doutoral no Exterior .
( Pedro Arcanjo )