Notícias
Diretores da Capes recebem representantes da ABRUC
Representantes da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc) se reuniram nesta quarta-feira, 11, com diretores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em Brasília. Os diretores de Avaliação, Livio Amaral, e de Programas e Bolsas no País, Márcio de Castro Silva Filho, receberam o presidente da associação, Pedro Rubens Ferreira Oliveira, que também é reitor da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), e o secretário executivo da instituição, José Carlos Aguilera.
No encontro, o presidente da Abruc agradeceu o apoio da Capes à pesquisa no segmento das instituições comunitárias. "Temos uma agenda permanente com a Capes, mas, neste início do ano, nosso interesse foi realmente reconhecer o investimento feito em bolsas para os nossos alunos e em programas de fomento. A posição da Capes nos encorajou muito a perceber o potencial do nosso segmento e avançar nesta agenda diferenciada do setor comunitário em relação ao segmento privado", afirmou.
Ações
Alguns programas da Capes foram citados como um dos principais no apoio às instituições representadas pela Abruc, como o Pró-Equipamentos e o Programa Institucional de Iniciação à Docência (Pibid). Segundo Pedro Rubens Oliveira, quando o Pibid passou a contemplar as instituições comunitárias, as licenciaturas ganharam força. "O programa foi muito importante, pois precisávamos de um estímulo aos alunos das licenciaturas, que não é o tipo de estudante que procura o Fies [Programa de Financiamento Estudantil], por exemplo."
O diretor da Capes, Márcio de Castro, sugeriu que a Abruc realize uma avaliação dos resultados dos programas da Capes para a pós-graduação nas instituições comunitárias. "É importante sabermos o impacto das nossas ações na ponta", explicou.
Marco regulatório
Segundo Pedro Rubens Oliveira, após a publicação da Lei nº 12.881/2013, que trata da definição, qualificação, prerrogativas e finalidades das instituições comunitárias de educação superior (ICES), o setor tem feito mobilizações para se diferenciar das instituições privadas com fins lucrativos. "Quando se fala que os cursos de nível superior no Brasil estão na maior parte (70%) com o setor privado, não é bem assim. Se separarmos as comunitárias esse número cairia para abaixo dos 50%", afirma. Para ele, ao serem definidos como uma terceira modalidade de instituição de ensino, as políticas e apoios poderão ser melhor adaptadas à realidade dessas instituições. "Sem o financiamento público não faríamos pesquisa", concluiu.
O diretor de Avaliação, Livio Amaral, disse que é importante que a Abruc apresente dados de como o aluno se beneficia ao estudar em uma instituição comunitária e que apresente sugestões de ações voltadas ao fortalecimento das licenciaturas nessas universidades.
( Fabiana Santos )