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Diretores da Capes explicam sistema educacional do Brasil a professores da Indonésia
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC) recebeu, nesta segunda-feira (5), uma comitiva de professores da rede pública de ensino da Indonésia. O objetivo da visita, organizada pela embaixada terceiro país mais populoso do continente asiático, foi conhecer o sistema educacional brasileiro, em especial as políticas de educação básica e educação a distância.
Em reunião realizada no auditório da Capes, em Brasília, o diretor de Educação Básica Presencial, Dilvo Ristoff, fez uma exposição sobre os programas da área. Em função da complexidade do sistema educacional no Brasil, foi necessária uma explicação sobre as responsabilidades e atribuições das três esferas de governo, com destaque para o Governo Federal.
Foram abordados os processos de avaliação da qualidade do ensino em todos os níveis. A avaliação dos cursos de pós-graduação stricto sensu , feito pela Capes a cada três anos, é a mais antiga, tendo iniciado em 1976. "A avaliação da Capes é muito respeitada. Os resultados não são questionados", destacou Ristoff.
O diretor lembrou ainda que o governo brasileiro definiu como uma de suas prioridades a melhoria da educação básica do país. Duas das principais iniciativas nesse sentido estão a cargo da Capes: o Sistema Nacional Público de Formação dos Profissionais do Magistério e o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). Ambos têm como principal meta a formação e qualificação de professores para a educação básica.
Universidade Aberta do Brasil
O objeto de maior interesse dos indonésios mereceu uma ampla abordagem no encontro. O diretor de Educação a Distância da Capes e coordenador da UAB, Celso Costa, detalhou o funcionamento do sistema, que vem democratizando o acesso ao ensino superior público para jovens de regiões isoladas do Brasil. "É preciso usar a metodologia do ensino a distância para que se possa fazer uma democratização do ensino superior", disse Costa.
Ele afirmou que a prioridade é atender as regiões menos desenvolvidas do país, onde não há presença do ensino superior público. Além de destacar o papel da UAB, Costa explicou como se estrutura o sistema e as metas do planejamento estratégico.
Outros temas que despertaram interesse dos representantes da Indonésia foram as opções de bolsas e financiamento no ensino superior, por meio de programas como FIES e Prouni, e o estabelecimento de um piso salarial nacional para os professores da rede pública de ensino.
Como funciona a UAB
O Sistema Universidade Aberta do Brasil foi criado pelo Ministério da Educação em 2005. A UAB tem como prioridade a formação de professores para a Educação Básica. Para atingir esse objetivo, é realizada uma ampla articulação entre instituições públicas de ensino superior, estados e municípios brasileiros, para promover, por meio da metodologia da educação a distância, acesso ao ensino superior para camadas da população que estão excluídas do processo educacional.
Na Educação a Distância (EAD) são utilizados meios e tecnologias de informação e comunicação, envolvendo estudantes e professores no desenvolvimento de atividades educativas em lugares ou tempos diversos. Esse programa possibilita levar ensino superior público aos municípios brasileiros que não possuem cursos de formação superior, como no caso de Alexânia-GO.
Para ofertar cursos a distância, cada município deve montar um pólo presencial. Essa infra-estrutura, que inclui o apoio de tutores, fica à disposição dos alunos para os encontros presenciais obrigatórios - em geral, um por mês. A cada semana, os alunos têm de se apresentar nos pólos para o acompanhamento com o professor. Os alunos escolhem dia e hora desses encontros, que geralmente ocorrem nos finais de semana. Os alunos que moram mais perto dos pólos podem utilizar os laboratórios e contar com a ajuda dos professores. Os alunos que se formam nos cursos de graduação a distância têm o mesmo direito dos formados por cursos de graduação presencial.