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Diálogo marca gestão da CAPES em 2019
A atuação da CAPES em 2019 foi marcada pelo diálogo em favor das mudanças necessárias para o fortalecimento da pós-graduação e para o desenvolvimento do País. Esse foi o fio condutor da gestão da Coordenação, tanto na continuidade dos programas já existentes quanto nas implementações de novos modelos de ação.
É assim que o presidente da CAPES, Anderson Correia, resume sua gestão, destacando também o esforço realizado por toda equipe da fundação para assegurar o orçamento, manter todos os programas em andamento, discutir a redefinição dos modelos de concessão de bolsas e de avaliação, e ainda implementar novos projetos no Brasil e exterior.
“A gente começou várias iniciativas. Algumas mudanças já foram implementadas e outras estão em andamento, mas com o rumo definido”, ressalta Correia, que em janeiro deixará o cargo de presidente da CAPES e assumirá novamente o posto de reitor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), sua instituição de origem.
Em 2019, o orçamento da CAPES ficou em R$ 4,19 bilhões, 9% superior aos R$ 3,84 bilhões de 2018. Na área internacional, foram publicados 16 editais de cooperação com outros países e teve início o Programa Institucional de Internacionalização (Print). Com foco na Amazônia, serão investidos R$ 80 milhões em pesquisa e mais R$ 200 milhões em áreas estratégicas dos estados, ambas as linhas resultando de projetos elaborados e lançados em 2019.
Destaca-se também o Programa Ciência é 10, lançado em 2019 para ofertar curso de especialização para quase quatro mil professores, e o anúncio de 66 mil vagas para docentes em 2020. Atualmente, a Coordenação paga 99.450 bolsas de pós-graduação no Brasil e no exterior, além de 100 mil bolsas para formação de professores da educação básica.
Na entrevista a seguir, Anderson Correia fala da gestão da CAPES em 2019 e das mudanças que estão em curso, aproveitando para agradecer a todos os setores com quem a CAPES manteve diálogo ao longo do ano.
Linha de atuação
“A linha que adotamos para seguir e fazer as mudanças necessárias na agência e em suas políticas é a da continuidade dos programas e do diálogo com toda a sociedade, sem deixar de fazer as mudanças necessárias, cobradas pela sociedade, apontadas pelo Congresso e percebidas como importante por toda a academia. Começamos várias ações com algumas mudanças implementadas e outras em andamento, mas com o rumo mais definido”.
Concessão de bolsas
“Um grande trabalho que fizemos foi a recuperação do orçamento, também lutando pelo orçamento de 2020. De posse de um orçamento adequado, é possível redistribuir as bolsas da melhor forma possível. A concessão de bolsas precisa ser dinâmica, de forma a valorizar a meritocracia, sem deixar de atender a questão da redução assimetrias regionais, analisando a questão social e regional. Nós trabalhamos com essa distribuição, não apenas em 2019, mas já propondo um amplo modelo para 2020, que será implementado em breve”.
Novo modelo de avaliação
“A CAPES tem um modelo de avaliação reconhecido em nível internacional, mas mudanças são necessárias. Estamos criando um modelo multidimensional e as principais alterações que estamos propondo são as relacionadas à interação da academia com a sociedade e a transferência de conhecimento para o setor produtivo. Isso é muito importante para a geração de riquezas para o País. As nações que se desenvolveram se alinharam à academia, à ciência e à tecnologia para gerar conhecimento e riqueza”.
Internacionalização
“Neste ano, demos andamento ao Programa Institucional de Internacionalização, o PrInt, além dos 70 acordos de cooperação que a CAPES tem, com todos os países, como os Estados Unidos, a Alemanha, a França e a China. Qual é o objetivo? Que a pesquisa brasileira e a formação de recursos humanos tenham um padrão internacional. Com isso, a sociedade ganha, as empresas ganham e todo o setor produtivo nacional alcança um patamar de competitividade global”.
Formação de professores
“A CAPES tem vários programas focados na melhoria do currículo da educação básica e na formação de professores. Com isso, esperamos que, a médio e longo prazos, consigamos dar uma educação de qualidade para as nossas crianças e atingir índices desejáveis de desempenho em avaliações nacionais e internacionais”.
Perspectivas
“Acredito que essas mudanças que estão acontecendo na CAPES vão se perpetuar e virar realidade a médio e longo prazos. Com relação ao meu futuro profissional, vim aqui trabalhar na transição do governo do presidente Jair Bolsonaro e depois na CAPES. Servi aqui por um ano, trabalhando em prol do País. E agora, estou retornando para a minha própria escola, o ITA, retornando para um segundo mandato, com muito mais aprendizado, com a visão da CAPES, da pós-graduação e da academia. E levando toda essa experiência para a melhoria da pós-graduação”.
Agradecimentos
“Encerro o ano fazendo um grande agradecimento a todos os servidores e colaboradores da CAPES pela acolhida e pelo trabalho desenvolvido com seriedade. Agradece a todos da academia, das diferentes organizações que representam as instituições de ensino superior e parlamentares do Congresso Nacional. Houve um forte diálogo com todos os setores da sociedade brasileira em prol de uma pós-graduação de qualidade para o Brasil. Somente uma interação de todos esses atores em prol de um mesmo objetivo é capaz de tornar o País mais desenvolvido e sustentável”.
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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