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Debate aborda educação como processo de inclusão
A educação é o processo de inclusão real. Os demais são muito esporádicos, têm que ter um componente da sorte. Esta foi uma das análises feita pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Almeida Guimarães, na quarta-feira, 25, em debate no Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, realizado em Brasília.
Para ele, é fundamental o Brasil ter um presidente da República que entende que sem educação, ciência e tecnologia o país não tem perspectiva de ocupar espaço superior. Perante a platéia de jovens estudantes de várias partes do país, Guimarães se identificou com o público, por também ter estudado em escola técnica por sete anos e mais quatro em nível superior. “Se não tivesse feito isso, seguramente não estaria ocupando este lugar”, afirmou.
Outro ponto destacado durante o debate foi a inserção de um capítulo especial sobre a educação profissional e tecnológica no próximo Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG), que será proposto para entrar em vigência a partir de 2011.
Revalidação
Abordado durante o evento, o assunto revalidação de cursos no exterior foi esclarecido. Guimarães explicou aos estudantes que a Capes não reconhece título estrangeiro. Quem revalida são as universidades. Afirmou ainda que não existe dificuldade para revalidação de bons cursos feitos no exterior nas instituições de ensino superior brasileiras, mas enfatizou que “cursos ruins realmente não são reconhecidos.”
O presidente argumentou que uma pessoa que defende que esses títulos sejam revalidados defende também a má qualidade das universidades. “O sistema brasileiro tem capacidade de atender a todos e a população não pode aceitar essa mercantilização da educação”, concluiu.
O Fórum iniciou no dia 23 e vai até amanhã, dia 27, em Brasília. Acesse o site do evento.