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DIA INTERNACIONAL DA EDUCAÇÃO
Curso da UAB valoriza o ensino voltado para a cidadania
O entendimento do educador Paulo Freire, de que a educação deve promover a liberdade e resultar na transformação do mundo e na humanização do indivíduo é parte do conceito do Dia Internacional da Educação, celebrado neste 24 de janeiro. Uma das formas de valorizar a data, é trabalhar para que a comunidade acadêmica esteja cada vez mais preparada para a educação que liberta e emancipa.
O conceito também é uma das motivações do curso de especialização em Educação em Direitos Humanos, oferecido pela Universidade Aberta do Brasil na Universidade Federal do ABC (Ufabc). Em 2023, a formação “essencial para quem quer trabalhar a educação voltada para a cidadania”, de acordo com Ana Maria Dietrich, coordenadora do curso, formou 352 profissionais. “Um marco que representa não apenas a conclusão de um ciclo acadêmico, mas o início de uma jornada comprometida com a transformação social e a promoção dos direitos humanos”, complementa.
Celebrando o número de formandos que “superou as expectativas”, Ana Maria ressalta a importância dos conteúdos abordados para um País como o Brasil, em que a “violência é estrutural em questões de raça, gênero e outras”. Ela explica que, durante as aulas, os professores da educação básica levavam situações de conflitos vivenciados no cotidiano e o curso ajudava a resolver esses problemas. Ela revela que o própria Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) deixou de ser teórico e passou a ser um projeto de intervenção em ocorrência real de violação de direitos humanos.
Entre os profissionais que passaram pelo curso está a pedagoga Maura Calheiros, que atua, há mais de 10 anos, no Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação Infantil no Estado de São Paulo. Para ela, a educação é uma ferramenta de relação social essencial para gerar a dignidade humana e construir a cidadania. Ao descobrir que seus alunos do EJA eram, em grande maioria, sacoleiras, costureiras e vendedores ambulantes no Brás e não sabiam utilizar dinheiro, abordou em seu TCC, a Educação Financeira na Educação de jovens e adultos, tendo “o resultado mais positivo que poderia imaginar”.
Para outro formando Ernandes Justino, fazer a UAB foi “um divisor de águas na prática de ensino”, possibilitando um olhar mais integrativo no contexto da diversidade e o reconhecimento das garantias de direitos dos sujeitos. Em seu TCC, trabalhou a intervenção pedagógica de autodefensoria em direitos humanos com adultos com deficiência intelectual na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Tatuí em São Paulo. “À medida que se reconhecem como sujeitos de direitos, ocorre um fortalecimento do agrupamento e uma conscientização histórica, cultural e social”, complementa.
Assim como Maura e Ernandes, Luana dos Santos, também sente que “o conteúdo do curso possibilitou desenvolver trabalhos mais construtivos”. Atualmente, trabalhando no Centro de Formação da Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul, ela usa os recursos aprendidos para tornar os cursos mais equânimes e construir políticas públicas mais eficazes. Em seu TCC, abordou o tema Educação Antirracista, universalização branca no ensino aprendizagem.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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