Notícias
Coordenadores da área de ciências ambientais se reúnem em Brasília
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) foi sede nos dias 21 e 22 de fevereiro da 2ª Reunião Nacional de Programas de Pós-Graduação em Ciências Ambientais. Coordenadores de cursos de todo o país vieram a Brasília para debater sobre as tendências e diretrizes para essa área de avaliação.
O diretor de Avaliação da Capes, Livio Amaral, destacou a capacidade do grupo reunido em elaborar políticas para a área de ciências ambientais. "Tenho certeza que desse encontro deve sair o que de melhor no mundo pode ser dito, pensado e orientado em termos dessa área", afirmou.
A coordenadora da área de Ciências Ambientais na Capes, Maria do Carmo Sobral, foi responsável por apresentar um panorama atual da área e as ações programadas para 2013. "Essa área é algo novo, com caráter interdisciplinar, não apenas no Brasil, mas no mundo", afirmou. Questões como a internacionalização dos cursos de ciências ambientais e a integração com a educação básica estão no foco da área para o futuro.
O acompanhamento anual da produção dos programas de pós-graduação e dos estudantes, durante e após os cursos, também foram tema de debate. "O produto final do programa de pós-graduação é o aluno. Devemos trabalhar essa conexão com nossos alunos e ex-alunos", ressaltou Maria do Carmo.
Crescimento
A Área de Ciências Ambientais foi criada por meio da
Portaria 083 de 6 de junho de 2011
e composta inicialmente por cursos de pós-graduação relacionados às questões ambientais existentes na área interdisciplinar, com destaque para a Câmara I (Meio Ambiente e Agrárias), recepcionando também outros programas de outras coordenações de área que possuam características e afinidades temáticas.
É uma das áreas que apresenta maior crescimento, sendo o programa da Universidade de São Paulo de Ecologia Aplicada o mais bem avaliado entre eles. Hoje, 79 programas, correspondendo a 99 cursos, compõem a área.
De acordo com Maria do Carmo o crescimento da área é decorrente da necessidade de se levar em conta a complexidade dos problemas ambientais, muitas vezes decorrentes do próprio avanço dos conhecimentos científicos e tecnológicos, baseados em uma construção do saber disciplinar que separa sistemas antrópicos e naturais. "A natureza complexa da problemática ambiental reivindica diálogos não só entre disciplinas próximas, pertencentes à mesma área do conhecimento, mas entre disciplinas de ciências diferentes, bem como com outras formas de saberes, oriundos de culturas heterogêneas. Por essa razão torna-se necessária a emergência de novas formas de produção de conhecimento na atualidade, que colocam desafios teóricos e metodológicos diversos às ciências ambientais", explicou.
( Pedro Matos )