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PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE
Coordenadora da CAPES participou de tombamento do Sítio Burle Marx
Uma coordenadora da CAPES participou da equipe responsável pela candidatura do Sítio Burle Marx , no Rio de Janeiro, a Patrimônio Mundial da Humanidade. A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) tombou o espaço criado pelo paisagista brasileiro Roberto Burle Marx (1909-1994) na categoria “Paisagem Cultural”. A conquista veio na na terça-feira, 27 de julho, após a 44ª sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, em Fuzhou, na China.
O processo teve início em 2015, com a inscrição da lista brasileira a Patrimônio Mundial. Vera Beatriz Siqueira, coordenadora de Área de Avaliação de Artes da CAPES , participou da elaboração do dossiê em que se explicou o porquê de o Sítio ser considerado de relevância universal. O documento foi entregue em janeiro de 2019.“O argumento central foi mostrar o Sítio Burle Marx como um laboratório botânico e paisagístico. No dossiê, comparamos, por exemplo, a jardins históricos chineses e jardins românticos alemães, inscritos como Patrimônios Mundiais, e a jardins modernos, não inscritos”, explica Vera, que é também professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
O Sítio Burle Marx fica em Guaratiba, na Zona Oeste da capital fluminense, sob responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ( Iphan ). Cerca de 3,5 mil espécies de plantas tropicais e subtropicais compõem a paisagem, junto a espécies nativas. Também há espaço para obras como pinturas, artes indígenas e africanas e uma capela. “O Sítio é um lugar onde o Brasil moderno é feliz. Espero que o tombamento traga mais visitação, mais interesse e principalmente, faça o espaço alcançar o objetivo que Burle Marx almejava. Era um laboratório dele e que ele queria que fosse um centro de estudo e de pesquisa”, afirma Vera, que é, ainda, integrante do Conselho Técnico-Científico da Educação Superior ( CTC-ES ) da CAPES.
Burle Marx
Roberto Burle Marx ficou mundialmente famoso pelos jardins que planejava. Ele criou um estilo contemporâneo com o uso de flora nativa do Brasil. As obras incluem os jardins do Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, e do edifício da própria Unesco. O paisagista
teve uma breve relação com a CAPES em 1954
, quando a Fundação financiou uma viagem sua aos Estados Unidos.
Sobre o Sítio
As visitas ao Sítio Burle Marx podem ser feitas das 9h30 às 17h30 de terça-feira a sábado, exceto feriados, e devem ser agendadas por telefone (21 2410-1412) ou e-mail (
visitas.srbm@iphan.gov.br
). O ingresso custa R$10 e o pagamento deve ser feito em dinheiro. A meia-entrada é concedida a pessoas acima de 60 anos e estudantes. Para mais informações,
clique aqui
.
Legenda das imagens:
Banner e imagem 1: Sítio Burle Marx, no Rio de Janeiro, foi reconhecido como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco
(Foto:
Livia Comandini/Getty Images
)
Imagem 2:
Coordenadora da CAPES, Vera Beatriz Siqueira elaborou dossiê para tombamento do Sítio Burle Marx
(Foto:
Livia Comandini/Getty Images
)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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