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REGIÃO NORTE
Cooperação acadêmica promovida pela CAPES é apresentada em Seminário do G20
Ações implementadas pela CAPES para a colaboração acadêmica na Região Norte e na Amazônia Legal foram apresentadas no dia 18 de setembro, em Manaus/AM, no âmbito do Seminário Internacional do G20 sobre Amazônia e Florestas Tropicais. O evento reuniu especialistas, cientistas e representantes de organizações internacionais para debater questões sobre preservação ambiental, inovação científica e cooperação internacional voltadas às florestas tropicais.
A presidente da CAPES, Denise Pires de Carvalho, ressaltou que, embora apenas menos de 10% dos programas de mestrado e doutorado estejam na Região Amazônia, a Fundação tem intensificado esforços para reduzir assimetrias do Norte em relação às outras regiões do País. "Precisamos ampliar a oferta de cursos de graduação e pós-graduação como algo essencial para o desenvolvimento socioeconômico da Amazônia e, por extensão, para a preservação da floresta e do planeta", afirmou.
A cooperação internacional foi um ponto central do debate em que a presidente detalhou como a CAPES tem operado, por meio de concessão de bolsas, para projetos na Amazônia Legal e em outros países que compartilham o bioma amazônico, como Colômbia, Equador e Peru. A gestora chamou a atenção para a necessidade de maior integração entre os países do G20 e o Brasil no campo da educação superior e da pesquisa, em áreas como biotecnologia, energias renováveis e saúde pública.
Outro aspecto abordado foi o aumento do financiamento em bolsas, principalmente após o reajuste de 2023, que injetou aproximadamente R$ 10 milhões diretamente nos Programas de Pós-Graduação da região.
Além disso, Denise destacou a construção de redes de pesquisa e desenvolvimento que a CAPES pretende expandir em parceria com Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) locais. “Essas redes visam promover o avanço científico de acordo com as demandas específicas de cada território, considerando arranjos produtivos locais e as necessidades de desenvolvimento sustentável”, evidenciou.
A presidente também enfatizou que o trabalho em rede entre instituições brasileiras e internacionais é essencial para garantir o futuro das florestas tropicais e para enfrentar questões globais como as mudanças climáticas.
Seminário Internacional
O Seminário Internacional do G20 sobre Amazônia e Florestas Tropicais, sediado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia em Manaus/AM (Inpa), foi um evento paralelo do Grupo de Trabalho em Pesquisa e Inovação do G20 voltado à sustentabilidade e à inovação científica, que contou com seis painéis temáticos.
Na mesa que debateu sobre cooperação acadêmica também estiveram presentes Jaime Alberto Barrera García, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, Dalila Andrade Oliveira, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Max Bergman, da Universidade de Basileia, na Suíça.
Os painéis aconteceram nos dias 17 e 18 de setembro e foram organizados pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil (Mcti), Inpa, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
Ao final do seminário, o Grupo de Trabalho em Pesquisa e Inovação do G20 apresentou um relatório final sistematizando as principais conclusões dos painéis e debates. O documento servirá como base para orientar as futuras ações do G20 em relação à preservação das florestas tropicais, especialmente no que se refere à Amazônia, que desempenha um papel crucial no equilíbrio climático global.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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