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COMBATE A EPIDEMIAS
Contra a COVID-19, IME quer medir temperatura nas ruas
O Instituto Militar de Engenharia (IME) tem desenvolvido uma plataforma eletrônica para aferição automatizada de temperatura corporal em locais públicos. O objetivo é ter um equipamento de baixo custo e eficiente, sem necessidade de manejo, e que monitore a situação nas ruas para orientar quem estiver em estado febril — um dos sintomas da COVID-19 — e informar o governo, em tempo real, de possíveis casos da doença.
Iniciado em junho, o projeto da instituição carioca foi um dos selecionados no Programa de Combate a Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). A iniciativa já resultou no desenvolvimento de dois protótipos de câmeras termográficas, que diferem temperaturas por cores e acionam um alerta vermelho no caso de detectar alguém mais quente que o normal. Ambos passam por testes no Hospital Central do Exército (HCE), no Rio de Janeiro.
Segundo Carlos Elias, coordenador do estudo, a ideia é fazer uma testagem dinâmica. “O estado febril é um sintoma comum da COVID-19 e algumas pessoas não possuem acesso rápido ao atendimento hospitalar. Nosso objetivo é medir a temperatura corporal dos profissionais e da população em qualquer local”, afirma.
De acordo com o pesquisador, tecnologia semelhante é usada na entrada de shopping centers . “Alguns centros comerciais têm medido as temperaturas corporais de forma semelhante, mas a tecnologia custa em média R$ 20 mil. Queremos desenvolver algo mais barato, estimamos algo entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, e que tenha um grau de precisão maior”, explica Elias, que é pesquisador do programa de pós-graduação em Ciência dos Materiais do IME.
Para isso, formou-se uma equipe multidisciplinar, com profissionais de medicina, robótica, ciência da computação, engenharia eletrônica, entre outros. A variedade de áreas envolvidas levou o estudo a formar ramificações e ser subdividido. Além das câmeras, estão em desenvolvimento um sistema de descontaminação de ar por raios ultravioleta e um spray de grafeno para purificar superfícies.
Programa Combate a Epidemias
É um conjunto de ações de apoio a projetos, pesquisas e formação de pessoal de alto nível para enfrentar a pandemia da COVID-19 e temas relacionados a endemias e epidemias, no âmbito dos programas de pós-graduação de mestrado e doutorado do País. O Programa está estruturado em duas dimensões: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas.
Em três editais, 109 projetos de pesquisa e formação de recursos humanos foram selecionados, com o envolvimento de mais de 1.300 pesquisadores de universidades brasileiras e estrangeiras. As propostas vão estudar temas relacionados a Epidemias, Fármacos e Imunologia e Telemedicina e Análise de dados Médicos.
Confira no Programa de Combate a Epidemias os detalhes dos três editais:
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CAPES - Epidemias - Edital nº 09/2020
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CAPES – Fármacos e Imunologia - Edital nº 11/2020
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CAPES – Telemedicina e Análise de Dados Médicos - Edital nº 12/2020
Confira o resultado final do Edital nº 09/2020
Confira o resultado final do Edital nº 11/2020
Confira o resultado final do Edital nº 12/2020
Legenda das imagens:
Imagem 1:
Câmeras termográficas podem ser aliadas no combate à COVID-19 por meio da aferição automatizada da temperatura corporal
Imagem 2:
Projeto de aferição de temperatura em local público, do IME, foi selecionado no Programa de Combate a Epidemias
Divulgação site/ engenharia360
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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