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Comitivas da CAPES e do Ministério da Defesa visitam escolas das forças armadas
Nos dias 2 e 3 de agosto, comitivas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Ministério da Defesa visitaram instituições militares de ensino superior, localizadas no Rio de Janeiro. O objetivo foi conhecer as instalações e os dados da pós-graduação voltados à área da defesa nacional.
O grupo visitante esteve na Universidade da Força Aérea (UNIFA), na Escola Superior de Guerra (ESG), na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) e na Escola de Guerra Naval (EGN). Dados de 2017 apontam que, nos 17 institutos militares existentes no país, 35% dos 1180 alunos matriculados contavam com bolsas da CAPES.
Geraldo Nunes Sobrinho, presidente substituto e diretor de Programas e Bolsas no País da CAPES, comentou: "É gratificante conhecer a realidade daquilo que acontece nas instituições da força nacional e como trabalham para produzir conhecimento e estimular a sociedade a fazer o mesmo".
Em sua exposição, Geraldo também falou sobre a necessidade de reformulação da avaliação e do modelo de financiamento da pós-graduação, com foco em questões como o crescimento do sistema, a distribuição de cotas e a relação entre bolsas e recursos de custeio, que atualmente apresenta desequilíbrio. "Queremos ainda que as instituições sejam mais ativas e que apresentem suas necessidades e não apenas tentem se enquadrar a regras", completou.
Esse modelo vai ao encontro ao que as instituições das forças armadas mostraram: que os cursos têm suas particularidades de acordo com os objetivos propostos e que devem ser consideradas em um cenário de avaliação.
"Com as visitas, as ações institucionais da CAPES no âmbito da formação de recursos humanos podem se aproximar das ações voltadas para a área de defesa", explicou o diretor substituto de Relações Internacionais da CAPES, Adi Balbinot. Segundo Adi, essa aproximação é fundamental para compreender melhor a realidade e as necessidades das forças armadas para que, com os mecanismos de fomento da CAPES, seja possível apoiar e desenvolver a capacidade instalada dentro dos cursos das escolas voltadas para a defesa nacional.
Pró-Defesa
Além do apoio por meio dos programas tradicionais, a CAPES mantém uma parceria desde 2005 com o Ministério da Defesa. O objetivo é estimular, no país, a realização de projetos conjuntos de pesquisa utilizando-se de recursos humanos e de infraestrutura disponíveis em diferentes Instituições de Ensino Superior (IES), Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) e Instituições Militares de Ensino e Pesquisa. Deste modo possibilita-se a produção de pesquisas científicas e tecnológicas e a formação de recursos humanos em Defesa Nacional.
A quarta edição do Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Defesa Nacional ( Pró-Defesa ) está com inscrições abertas até o dia 24 de agosto. Veja aqui o Edital.
Em suas três primeiras edições, mais de R$ 17 milhões foram investidos em 40 projetos. Foram beneficiados mais de 160 bolsistas nas modalidades de mestrado, doutorado e estágio pós-doutoral. Atualmente, 12 projetos estão em vigência.
Internacionalização
Durante a visita, Adi apresentou ainda informações sobre o Brasil no cenário internacional e tratou sobre novas ações de internacionalização, entre elas o Programa Institucional de Internacionalização (
CAPES/PrInt
), que coloca as instituições como protagonistas do processo. De acordo com o representante da diretoria de Relações Internacionais da CAPES, a maioria dos pesquisadores brasileiros não sai do seu local de formação para trabalhar. Dados também revelam que 63% dos pesquisadores brasileiros nunca deixaram o país para fazer pesquisa. Isso faz com que as pesquisas realizadas tenham um impacto 24% abaixo da média mundial e que sejam 40% menos citadas.
Representantes das instituições visitadas também mostraram dados de seus programas. Além dos enviados da CAPES, participaram das visitas o tenente brigadeiro Ricardo Machado Vieira, o vice-almirante Victor Cardoso Gomes, o general brigadeiro Fernando Marques de Freitas, a comandante Ana Cláudia de Paula e o capitão Carlos César de Castro Deonísio.
(Natália Morato - Rio de Janeiro/RJ - CCS/CAPES)
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