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EQUIDADE DE GÊNERO
Comitê permanente faz primeira reunião e discute metodologia de trabalho
O Comitê Permanente de Ações Estratégicas e Políticas para Equidade de Gênero realizou nesta quarta-feira, 6 de novembro, a sua primeira reunião ordinária. Criado pela CAPES este ano, o colegiado vai sugerir ações e iniciativas para aumentar a representatividade feminina em posições de decisão e de comando na pós-graduação.
Durante a primeira reunião, as integrantes se apresentaram, falaram das perspectivas em relação às atividades do comitê e discutiram a metodologia de trabalho e os dados sobre a presença das mulheres na ciência. “O desafio pela frente é enorme, pois há falta de consciência sobre a importância do direito das mulheres à igualdade, mas tenho certeza da relevante contribuição deste comitê para a promoção da equidade”, ressaltou a presidente da CAPES, Denise Pires de Carvalho.
Atualmente, as pós-graduandas representam 54,8% dos pós-graduandos de mestrado e doutorado, mas ainda não são a maioria em relação ao quantitativo de professores e pesquisadores. O cenário é ainda mais desigual quando abordados os dados referentes aos fatores étnico-raciais. Apenas 12,9% das mulheres negras concluíram a graduação. Entre as mulheres brancas, o índice é o dobro: 26,3%.
Dentre as metodologias de trabalho, foram discutidos temas como o enfrentamento ao assédio e a violência de gênero e apoio à maternidade. Foi abordado ainda o aumento da participação das mulheres na pós-graduação, especialmente nas áreas de ciências exatas e nos espaços decisórios. “O efeito tesoura exclui o público feminino e acontece ao longo de toda nossa vida simplesmente pelo fato de termos nascido mulheres, inclusive com um ganho salarial 30% menor do que os homens mesmo com formação idêntica”, destacou a presidente da CAPES.
O comitê é formado por representantes da CAPES, e dos conselhos técnicos-científicos da Educação Superior e Básica e do conselho Superior da Fundação. Também tem a participação da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), do Fórum Nacional de Pró-reitores de Pesquisa (Foprop), do Movimento Parent in Science, da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas e da Women in Tech Brasil.
O trabalho do comitê inclui a sugestão de formas efetivas de comunicação das estratégicas desenvolvidas, além de ações de sensibilização e qualificação dos colaboradores, servidores e dirigentes da CAPES em relação ao tema. Além disso, deverá propor iniciativas para expandir a formação de mulheres nas áreas de Engenharias, Ciências Exatas e Tecnológicas e políticas que busquem a equidade.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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