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Comissão realiza 5ª reunião na CAPES
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) recebeu nesta segunda-feira, 11, a 5ª reunião da Comissão composta por representantes da CAPES e de instituições da Região Norte. Durante o encontro, o diretor de Programas e Bolsas no País da CAPES, Geraldo Nunes, apresentou um panorama da pós-graduação na região Norte e foram discutidas propostas de financiamento para ações complementares visando a realização dos diversos programas voltados para à pós-graduação, em especial o Procad [Programa Nacional de Cooperação Acadêmica], PNPD [Programa Nacional de Pós-doutorado] e PVNS [Programa Professor Visitante Nacional Sênior].
A comissão foi instituída pela Portaria n° 25, de 7 de fevereiro de 2017 e nº 116, de 8 de junho de 2017 . O grupo foi designado com objetivo de propiciar às instituições de ensino superior e pesquisa da Amazônia Legal meios para mantê-las atualizadas e competitivas na pesquisa, na pós-graduação e na inovação com a diminuição das assimetrias regionais, com base no Plano Nacional de Pós-graduação (PNPG 2011-2020), e em demandas complementares das instituições de ensino e pesquisa da região.
Rede de formação de doutores
Carlos Alberto Tomaz, representante das instituições particulares, apresentou a proposta de criação de redes de formação de doutores nas áreas das Ciências da Saúde, Meio Ambiente, Defesa, Tecnologia & Inovação. “A ideia é aumentar as condições de pesquisas na região. Estamos fazendo o levantamento das condições em cada área para estabelecer propostas em forma de APCN. Temos que ter cursos de doutorado na nossa região para criar a cultura da pesquisa institucional.”
O grupo fará uma reunião antes do próximo encontro, agendado para 16 de outubro, com objetivo de discutir as propostas e apresenta-las de forma mais estruturada.
Também foi apresentado aos reitores o Banco de Sementes e Inventário da Flora (Botânica na Amazônia), um conjunto de projetos formatado pelo Museu da Amazônia (Musa) em colaboração com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que está em fase de discussões, com objetivo de criar um banco de sementes amazônicas e auxiliar na formação de recursos humanos em Botânica para a Amazônia.
Prorrogação
No encontro, foi tratada a necessidade de ampliação do período de vigência da Portaria que institui a comissão. Emmanuel Tourinho, da Universidade Federal do Pará (UFPA), falou sobre a proposta de, posteriormente, transformar a comissão em um grupo de trabalho (GT) para garantir a perenidade dos trabalhos para que as ideias que surgirem possam virar ações efetivas. “A instituição deste grupo mostra que essa administração quer tratar diversos temas de forma diferenciada. E precisamos realmente disso.”
Jefferson Fernandes do Nascimento, presidente do Fórum das IFES do Norte, concordou. “Em 2004, a região Norte representava 3,4% da pós-graduação do país. Atualmente, representa 5,4%, mesmo correspondendo a 10% do Brasil. É um crescimento pequeno. Se algo não for feito, em 10 anos continuaremos falando sobre as mesmas coisas.”
Para criação do GT, foi levantada a necessidade de reformulação do grupo no que tange à representatividade na região.
“Para nós da região Norte, essas reuniões são muito importantes. Este grupo foi criado a partir da aprovação da Carta de Rio Branco, na qual colocamos as demandas regionais dentro de uma realidade que não é a do país como um todo – temos muitas especificidades e dificuldades. Com essa comissão, conseguimos uma interlocução com a CAPES muito positiva e estou vendo nessa última reunião que estamos conseguindo efetivar muitas coisas que tínhamos demandado. Temíamos um retrocesso ou estagnação na questão da pós-graduação em nossa região, então, para nós, é muito positivo ver que a CAPES está atendendo o nosso pleito à medida que acata coisas que estávamos com medo de perder”, revela Jefferson.
O presidente do Fórum das IFES do Norte também abordou a importância da continuidade do grupo. “Temos que prosseguir com essa interlocução para que não haja descontinuidade no processo, principalmente na formação de recursos humanos na pós-graduação – não só referente aos docentes das universidades, mas também na formação de recursos humanos regionais. Após as discussões, vamos agora ao próximo passo que é solidificar as ações com editais específicos envolvendo também os institutos federais e as universidades estaduais e particulares para que consigamos consolidar ações estruturantes em nível regional, não apenas em instituições. Concretizando essas ações e tendo a comissão prorrogada, temos condições de, mais na frente, implantarmos mais ações estruturantes, tendo a CAPES como ‘catalizadora’ enquanto nós fazemos o papel de ‘indutores’, levando ideias e propostas.”
Para os próximos encontros, estão previstas discussões acerca da rede de formação de doutores e da internacionalização das universidades.
Natália Morato – Brasília – CCS/CAPES
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