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Comissão do Senado discute benefícios do Ciência sem Fronteiras
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado Federal realizou nesta quarta-feira, 5, o colóquio " O Futuro da Educação Superior no Brasil e nos Estados Unidos: Ciência sem Fronteiras e Democratização do Ensino Superior ". Durante a reunião, foram apresentados dados do programa Ciência sem Fronteiras e ouvidos diretores da Universidade do Texas, com a qual a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) firmou acordo para receber estudantes brasileiros.
Para o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin, uma das inovações mais importantes do programa é a disponibilização de bolsas de estudo de um ano para alunos de graduação, as "bolsas-sanduíche". Antes, o governo só patrocinava pós-graduação. "O programa muda o paradigma das políticas públicas na área de educação. O investimento não é para a próxima eleição, mas sim para o futuro".
O diretor da Faculdade de Geociências da Universidade do Texas, William Fisher, salientou o papel de sua instituição na formação de pesquisadores brasileiros desde a década de 70. Segundo lembrou Fisher, o principal responsável pela descoberta do pré-sal — o ex-diretor de exploração e produção da Petrobras, Guilherme Estrella — adquiriu boa parte da formação nos bancos da Faculdade de Geociências da Universidade do Texas.
Participou do colóquio a diretora de Relações Internacionais da Capes, Denise de Menezes Neddermeyer.
Ciência sem Fronteiras
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Ciência sem Fronteiras
é um programa que busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento - CNPq e Capes.
O projeto prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior.
Até o mês de maio deste ano, foram implementadas 22.229 bolsas. Outros dados do programa podem ser consultados no Painel de Controle do CsF.
(Com informações do Senado Federal)