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Comissão de análise do observatório indígena se reúne pela primeira vez
Na manhã desta segunda-feira, 5, teve início a 1ª Reunião da Comissão de Análise dos Projetos do Programa Observatório da Educação Escolar Indígena. O encontro pretende analisar e avaliar as propostas de projetos enviadas para o primeiro edital do observatório, cujas inscrições se encerraram no dia 18 de setembro.
A avaliação é realizada por uma comissão de pares formada por representantes da Universidade de Brasília, secretaria de educação do Acre, Universidade Federal de Goiás e Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (Secad) com apoio técnico de representantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A comissão segue em reunião até esta terça-feira, 6.
De acordo com o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, André Lázaro, o observatório é uma peça fundamental na garantia dos direitos educacionais indígenas. “Um dos pontos fortes do Observatório da Educação Escolar Indígena é que engaja a universidade do ponto de vista institucional. Não é apenas um professor que se sacrifica pela causa indígena, é um compromisso da instituição”, afirmou.
O Observatório parte da lógica de que o governo deve criar políticas públicas para os problemas críticos da educação, como é o caso da educação indígena, acredita Lázaro. “Ter a Capes como parceira nesse projeto mostra que o compromisso com a situação indígena é uma política do Estado brasileiro, não apenas algo temporário de uma gestão específica do ministério”, explicou.
Desenvolvido nos moldes do Observatório da Educação , o Observatório da Educação Escolar Indígena pretende promover e implementar a formação inicial e continuada de professores, preferencialmente indígenas, a inserção e a contribuição destes profissionais nos projetos de pesquisa em educação e a produção e a disseminação de conhecimentos que priorizem atividades centradas como: cursos, oficinas, produção conjunta de material didático, para-didático e objetos de aprendizagem nos formatos impresso e digital.
Para o secretário André Lazáro, o Observatório pode ajudar a realizar diagnósticos precisos para a melhoria da educação indígena no país. “O sonho é que um dia possamos ter professores e material didático na língua materna para cada um dos 247 povos espalhados pelo território brasileiro. Não se trata de uma tarefa fácil, mas aprendemos com as lideranças indígenas que essa luta é uma luta de longo prazo”, concluiu.