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MINAS GERAIS
Com apoio da CAPES, professora valoriza vivência escolar
Liza Iole da Silva leciona desde 2015 em Ribeirão das Neves (MG), a menos de 15 quilômetros de Belo Horizonte (MG). A cidade é estigmatizada pela violência. Em 2019, a educadora desenvolveu um projeto para mudar parte dessa realidade, participou do Programa de Desenvolvimento Profissional de Professores da Educação Básica no Canadá , pôs em prática os ensinamentos e recebeu o Prêmio de Relevância Acadêmica, concedido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 2020.
O projeto “Redescobrir e valorizar o local onde eu vivo” foi executado na Escola Municipal Analito Pinto Monteiro, ao longo de 2019. A ideia era fazer os alunos, bem como pais, mães e responsáveis, conhecerem a história do lugar onde vivem para além das páginas policiais. Nas aulas, a professora levou os estudantes para uma horta (boa parte dos pais trabalham com agricultura familiar), para a igreja principal da cidade, mostrou a importância das mulheres na história da construção do município e casos de sucesso de moradores locais.
A experiência no Canadá, com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), foi parte importante do trabalho. A professora passou julho e agosto de 2019 no país norte-americano. “Visitei escolas de educação infantil e ensino fundamental, participei de painéis com professores e diretores de escolas, houve uma troca de experiências muito enriquecedora”, relata. A vivência serviu de base para a fase mais decisiva do projeto, realizada de setembro a novembro daquele ano.
Liza aplicou questionários antes e depois das atividades. No começo, mais de 50% dos entrevistados (alunos e responsáveis pelos estudantes) disseram não gostar de viver em Ribeirão das Neves. O número caiu para menos de 15%. “A CAPES foi um divisor de águas. Alguns alunos achavam que as escolas vizinhas, de Contagem e Belo Horizonte, eram melhores. Quando houve a aprovação da CAPES, teve o envolvimento, reforçou a autoestima das pessoas envolvidas e valorizou a escola em Ribeirão das Neves”, conta.
O trabalho rendeu à professora o Prêmio de Relevância Acadêmica no 23º Encontro de Extensão, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão da UFMG, entre 5 de agosto e 24 de outubro de 2020. A Universidade é a mesma em que Liza é mestranda, na Faculdade de Educação. Ela defenderá a dissertação, da qual o projeto faz parte, em 2021.
Sobre o programa
O
Programa de Desenvolvimento Profissional de Professores da Educação Básica no Canadá
é fruto de parceria entre a CAPES e o
Colleges and Institutes Canada
(CICan). São oito semanas no país norte-americano, com aulas de inglês básico e módulos temáticos que abordam a aprendizagem centrada no aluno e na gestão da sala.
Cada participante deve desenvolver um projeto de intervenção pedagógica a partir da sua própria experiência profissional, a ser desenvolvido na escola. O objetivo do programa é compartilhar conhecimentos em um país com sistema educacional de referência para aprimorar a rede pública de ensino do Brasil.
Legenda das imagens:
Imagem 1:
Liza Iole passou oito semanas no Canadá; na foto, ela em frente a uma das escolas visitadas no período
(Foto: Arquivo pessoal)
Imagem 2:
Os estudantes conheceram mais da história de Ribeirão das Neves (MG) com o projeto; igreja foi um dos monumentos de destaque - imagem batida antes da pandemia
(Foto: Arquivo pessoal)
Imagem 3:
Liza Iole da Silva, professora da educação básica, passou por capacitação de oito semanas no Canadá
(Foto: Arquivo pessoal)
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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