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Ciência e Tecnologia na Amazônia é tema de seminário na Câmara dos Deputados
O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Almeida Guimarães, participou na manhã desta quinta-feira, 28, do seminário Educação, Ciência e Tecnologia na Amazônia , realizado na Câmara dos Deputados. Entre os assuntos discutidos, Guimarães apontou a necessidade de fixação de doutores na região, aliada à qualificação profissional da população local. "Nossos resultados serão melhores à medida que as políticas de fixação proporcionem, concomitantemente, a formação profissional das pessoas que ali residem", explicou.
Com os menores índices de produção científica do Brasil, mas como um crescimento contínuo, a atração de pesquisadores à região foi lembrada pelos representantes de órgãos e instituições ligados ao desenvolvimento da Amazônia como forma de aumentar a qualificação de recursos humanos e, consequentemente, o número de pesquisas ali desenvolvidas. Segundo Guimarães, desde 2004 o número de bolsas concedidas pela Capes cresceu cinco vezes. "Por conta desse crescimento e investimento a região norte é o único lugar no país onde todos os estudantes têm bolsa", completou.
Em suas considerações iniciais, o deputado autor do requerimento do seminário, Sibá Machado, afirmou que o objetivo do encontro é formular um roteiro de trabalho que aponte para a aprovação, ainda este ano, do código da Ciência, Tecnologia e Inovação, com abordagem de temas como lei de biossegurança, regime diferenciado de contratação e fixação de doutores na Amazônia, entre outros. "Tenho sérias preocupações com as amarras da Lei de Biossegurança e as dificuldades que os doutores encontram hoje para realizar seus estudos", disse Machado.
Pró-Amazônia
Além da atuação da Capes no fomento ao desenvolvimento científico na região, Guimarães apresentou a proposta do programa
Pró-Amazônia: Biodiversidade e Sustentabilidade
, nova iniciativa da Agência, com o objetivo de reforçar projetos de pesquisas e promover o intercâmbio de conhecimentos entre pesquisadores e estudantes, nas modalidades pós-doutorado, iniciação científica, doutorado e professor visitante sênior. "Nossa sugestão é que toda a região se engaje no projeto e que esse seja apenas uma parte de uma política de governo nacional que contemple a região Norte no que ela ainda precisa", enfatizou.
Ao final do encontro, Guimarães recebeu uma cópia da carta assinada pelos nove governadores da região Norte, na qual são expostas e propostas importantes questões a respeito da região no que concerne à educação, ciência e tecnologia e que serão discutidas com o governo federal.
Ciência sem Fronteiras
O componente da mesa de abertura do evento e presidente da comissão de Educação e Cultura, deputado Newton Lima, enfatizou a importância do programa Ciência sem Fronteiras. "Não nos demos conta da mudança que o Ciência sem Fronteiras, gerenciado pela Capes e o CNPq, poderia fazer. Essa é, claramente, uma iniciativa que abrevia o estágio de qualificação de nossos jovens", comentou.
Seminário
O seminário é uma iniciativa das comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Educação e Cultura; e da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados.
Também estiveram presentes o presidente Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva; o presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), Odenildo Teixeira Sena; o presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Mario Neto Borges; o secretário de Estado da Educação e da Qualidade de Ensino do Amazonas, Gedeão Timóteo Amorim; o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Aldaberto Luis Val e a presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Rodrigues Repulho, entre outros.
Gisele Novais