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CAPES troca experiências sobre Recursos Educacionais Abertos
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), por meio da Diretoria de Educação a Distância (DED), recebeu a pesquisadora Virgínia Rodes, da Universidade da República do Uruguai ( UDELAR ), para uma reunião com objetivo de compartilhar experiências referentes a Recursos Educacionais Abertos (REA).
No encontro, que aconteceu em 14 de junho, a DED apresentou as atividades da CAPES, o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) e as ações que têm sido promovidas para incentivar a produção de REA no âmbito da UAB. Para a equipe da DED, esta troca pode abrir portas para parcerias futuras e agregação de novas ações, além da implementação de políticas públicas nacionais alinhadas às recomendações oriundas dos Congressos Mundiais de REA e experiências internacionais.
Virgínia Rodes afirmou que a CAPES é uma referência na América Latina e essa colaboração é fundamental e extremamente enriquecedora. Na oportunidade, a pesquisadora mostrou os avanços que sua equipe tem alcançado na prática com recursos abertos e apresentou o Núcleo REA da UDELAR, que busca contribuir com a inclusão educacional da população, por meio de várias estratégias, entre elas, uso de Recursos Educacionais Abertos e Acessíveis (REAA).
Recursos Educacionais Abertos
De acordo com a Declaração REA de Paris 2012, recursos abertos são “[...] os materiais de ensino, aprendizagem e investigação em quaisquer suportes, digitais ou outros, que se situem no domínio público ou que tenham sido divulgados sob licença aberta que permite acesso, uso, adaptação e redistribuição gratuitos por terceiros, mediante nenhuma restrição ou poucas restrições. O licenciamento aberto é construído no âmbito da estrutura existente dos direitos de propriedade intelectual, tais como se encontram definidos por convenções internacionais pertinentes, e respeita a autoria da obra".
Segundo membros da DED, de modo geral, o conceito de REA ancora-se em ao menos três princípios centrais: licenças abertas que permitam maior liberdade relacionada ao uso, reuso, adaptação e distribuição de recursos educacionais; abertura técnica ou uso de padrões e formatos abertos de softwares, que permitam a interoperabilidade técnica, facilitando o seu arquivamento, acesso, uso e reuso constantes; e educação aberta que promova autonomia, compartilhamento e livre acesso a oportunidades de aprendizagem.
Acessibilidade
Ainda como parte das atividades uruguaias, Virginia tratou sobre a criação de programas virtuais acessíveis para todos, visando a educação inclusiva, como a Rede de Cooperação e Observatório da Acessibilidade em Educação e Sociedade Virtual (
ESVI-AL
). “É um desafio pensar na educação acessível para todos, sobretudo a educação superior”, frisou.
“Pudemos perceber que temos um longo caminho a percorrer no sentido de promover a educação aberta e incentivar práticas e pesquisas em torno dos REA, sobretudo no que diz respeito à acessibilidade e à alfabetização midiática e informacional”, afirmou Tatiane Pacanaro, servidora da DED e integrante da comissão que recebeu a pesquisadora.
(Gabriela Matos - Brasília - CCS/CAPES)
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