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Capes recebe delegação norte americana e assina acordos no âmbito do CsF
Mais três universidades americanas aderiram nesta terça-feira, 25, ao programa Ciência sem Fronteiras (CsF). O memorando de entendimento que oficializou a participação das universidades University of Illinois at Urbana-Champaign, DePaul University e do Instituto de Tecnologia de Illinois foi firmado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq) e pelo representante da delegação do estado de Illinois, o governador Pat Quinn.
"A maneira como os alunos do CsF foram recebidos ao chegar nos Estado Unidos foi uma surpresa muito agradável para nós. Tenho certeza que em Illinois não será diferente", disse o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães. Para ele, o interesse de ambos os países nas áreas de sustentabilidade e meio ambiente facilitará a cooperação e trará bons resultados. "Estou certo que o estado de Illinois ocupará uma posição de destaque no programa Ciência sem Fronteiras", completou.
Segundo Quinn, a adesão das universidades do estado é importante, mas é imprescindível que outras também se juntem. "Queremos contribuir para o sucesso do programa e para isso é importante que as instituições do nosso estado e outras instituições também recebam cada vez mais brasileiros. Queremos dobrar o número de brasileiros em Illinois", afirmou o governador. Já para a representante da Universidade The Paul, Esther Quintero, o programa deve ser conhecido pelos estudantes americanos. "Estamos encorajando nossos estudantes a conhecerem e interagirem com o programa. O que queremos é que essa interação produza frutos", disse.
Representando o ministro da Educação, o secretário de educação superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, ressaltou a importância da cooperação científica entre Brasil e Estados Unidos. "O Ciência sem Fronteiras já é um programa exitoso e parte desse sucesso devemos aos Estados Unidos, que tem sido um parceiro de peso nesse programa", disse Lins.
Empresas
Na ocasião aconteceu ainda a assinatura de termos de doação por parte das empresas Motorolla Solutions e Ingredion e a oferta de vagas de estágio pela empresa Tate & Lyle."Essa cooperação é parte do programa de responsabilidade social de nossa empresa, contudo esperamos beneficiar também as universidades e estudantes envolvidos", explicou Chris Olsen, da empresa Tate & Lyle.
Estiveram presentes ainda a diretora de Relações Internacionais da Capes, Denise Neddermeyer; o conselheiro para Assuntos Culturais e Educacionais da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, John Mattel; o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, e o representante da Comissão Fulbright, Luiz Loureiro.
Ciência sem Fronteiras
Lançado em dezembro de 2011, o programa
Ciência sem Fronteiras
já concedeu 16.788 bolsas de estudos — 8.762 da Capes e 8.036 do CNPq. A meta do programa é oferecer 101 mil bolsas até 2015. Serão 75 mil por parte do governo federal e o restante com ajuda da iniciativa privada. A expectativa até o fim deste ano é chegar a 20 mil bolsas, com investimento aproximado de R$ 1,12 bilhão. Os editais lançados até o momento selecionaram bolsistas para intercâmbio nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Bélgica, Holanda, Espanha, Portugal, Austrália e Coréia do Sul.
O programa promove a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileiras por meio do intercâmbio e da mobilidade internacionais de estudantes, professores e pesquisadores. A oferta de bolsas prevê as modalidades graduação-sanduíche, educação profissional e tecnológica e pós-graduação — doutorado-sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado.
Pelo programa, estudantes de graduação e de pós-graduação podem fazer estágio no exterior para manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, o Ciência sem Fronteiras tenta atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar, por tempo determinado, no Brasil.
Gisele Novais