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CAPES realiza 9ª Reunião Bimestral do Ciência Aberta
Foi realizada nesta sexta-feira, 14, na sede da CAPES em Brasília, a 9ª Reunião Bimestral do Compromisso em Ciência Aberta. Trata-se de uma iniciativa internacional lançada em 2011, que preconiza a divulgação das informações científicas, em contraste com modelos de pesquisa que mantêm as informações em um âmbito restrito.
Foram expostas na ocasião as realizações em torno do 4º Plano de Ação do Brasil (2018-2020), co-fundador da Parceria para o Governo Aberto (OGP, em inglês). Segundo a parceria, cada país-membro deve apresentar Planos de Ação Nacionais que envolvem os princípios da transparência, da participação cidadã, de tecnologia e inovação, e de de accountability (termo em inglês que significa responsabilidade com ética nas organizações). Iniciado com oito membros, o compromisso conta hoje com 78 países signatários.
Na reunião, Benedito Aguiar, presidente da CAPES, falou da importância de universalizar o conhecimento para o desenvolvimento do Brasil como nação. “Na medida em que nós compartilhamos, nós crescemos juntos e, sobretudo, o País cresce. O grande objetivo é contribuir para o crescimento social e econômico do nosso país através da difusão do conhecimento cientifico, tecnológico e cultural”, afirmou Aguiar.
A CAPES foi convidada ainda em 2018 a participar do 4º Plano de Ação do Brasil, cujo tema é Inovação e Governo Aberto na Ciência . A Coordenação está inserida no Compromisso 3 : “estabelecer mecanismos de governança e dados científicos para o avanço da Ciência Aberta no Brasil”. O Portal de Periódicos da CAPES foi citado como um importante instrumento nesse processo. A maior biblioteca virtual do Brasil disponibiliza 45 mil títulos de forma gratuita e universal, com quase 170 milhões de acessos ao ano.
A Coordenação tem participado de discussões e apoiado eventos em torno do tema da Ciência Aberta. Em 2018, promoveu um encontro voltado para repositórios digitais e, em 2019, outro sobre direito de propriedade intelectual e políticas institucionais. “Temos que ter o compromisso de saber o que deve ser, de fato, aberto. Talvez essa seja a grande discussão, bem como sua relação com a lei de proteção de dados. Quando essa difusão do conhecimento interfere no direito individual do cidadão, nós temos que levar em consideração”, disse o presidente da CAPES.
Cléber Soares, presidente em exercício da Embrapa, também defendeu a abertura de informações entre países. “Nós vivemos num momento em que a ciência precisa ser cada vez mais aberta. Queremos evoluir para a inovação aberta, mesmo porque ninguém detém todos os conhecimentos”, finalizou.
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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