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PRÊMIO CAPES DE TESE
CAPES premia as melhores teses do país pela 19ª vez
A CAPES premiou, nesta quinta-feira, 12 de dezembro, as melhores teses defendidas no Brasil em 2023. A cerimônia da 19ª edição da premiação ocorreu no auditório da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), no campus da instituição de ensino, na Asa Norte, bairro da região central da capital federal.
O evento foi marcado pelas entregas dos Grandes Prêmios CAPES de Tese e das honrarias das instituições parceiras. São elas: Dimensions Sciences, Fundação Carlos Chagas, Instituto Guimarães Rosa (IGR), vinculado ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), e o Instituto Serrapilheira.
“O sucesso da pós-graduação e a ampliação deste nível de ensino significa que o Brasil está no caminho certo”, disse a presidente da CAPES, Denise Pires de Carvalho. “Precisamos suportar os desafios do nosso país e da humanidade, como as mudanças climáticas, a globalização, a inteligência artificial. A humanidade precisa de cada uma e de cada um de vocês”, continuou. O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Alexandre Brasil, acrescentou: “Aqui está o suprassumo do que é produzido pela ciência brasileira”.
O Prêmio CAPES de Tese 2024 teve 1.632 trabalhos de conclusão de doutorado inscritos, o maior número de participantes em todas as edições já realizadas. As mulheres são maioria: 827, ante 805 homens. A presença feminina também prevaleceu entre os vencedores, com 27 dos 49, ou 55% do total. Destaque para elas também entre os 587 julgadores: 311 doutoras e 276 doutores.
A diretora de Análise de Resultados e Soluções Digitais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Débora Péres Menezes, destacou que o CNPq atendeu 172 mil beneficiários em 2024 e quase retomou o patamar de 2014, como forma de ilustrar a retomada do investimento em pesquisas científicas, e disse: “Desejo que os futuros das premiadas e premiados sejam tão brilhantes quanto os trabalhos que os trouxeram aqui hoje”. Segundo a secretária de Políticas e Programas Estratégicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Andrea Latgé, “a ciência voltou para ficar. E não podemos deixá-la ir embora”.
Como ocorria até 2019, última edição realizada antes da pandemia da COVID-19, os autores dos trabalhos vencedores subiram ao palco. Todos receberão bolsa de até um ano para estágio pós-doutoral em instituição nacional, certificado e medalha. Três deles foram selecionados para receber o Grande Prêmio, um para cada Colégio: Humanidades, Ciências da Vida e Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar. A cada um do trio será concedida uma bolsa para estágio pós-doutoral em instituição internacional, por até 12 meses, certificado e troféu.
O presidente em exercício da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Daniel Beltrame, observou que a Ebserh abrange hoje 55 mil graduandos. “Queremos que aspirem a serem as futuras e os futuros cientistas. Temos uma estrada a pavimentar, e a CAPES tem um papel histórico nisso”, disse. Para a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Isabela Cardoso de Matos Pinto, “recuperamos a democracia, o respeito à ciência, ao saber, à educação. Que continuemos fortalecendo a pesquisa, a ciência e a produção científica”.
O secretário de Promoção Comercial, Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Laudemar Gonçalves de Aguiar Neto, enfatizou a importância da produção científica do Brasil nas relações com outros países. “O trabalho de pesquisa no Brasil que contribui para a ciência produz efeitos muito além para os resultados descritos”, disse. E adicionou: “É importante que atraiamos pesquisadores de outros países, em especial os em desenvolvimento, e discutamos temas como segurança alimentar, segurança energética, combater as mudanças climáticas e inteligência artificial”.
O presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Odir Dellagostin, destacou que “a produção de conhecimento é algo que beneficia a sociedade como um todo. Vocês estão dando uma contribuição coletiva”. Já o vice-presidente Regional da Academia Brasileira de Ciências (ABC) para a Região de São Paulo, Glaucius Oliva, observou que investir na ciência e na pós-graduação é investir no futuro de uma nação mais justa, sustentável e competitiva globalmente”.
Dois dos três ganhadores dos Grandes Prêmios receberam a premiação presencialmente: Ana Paula Zapelini de Melo, doutora em Ciência de Alimentos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e vencedora do Grande Prêmio Ennio Candotti, de Ciências da Vida, e Rafael Xucuru-Kariri, doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), que levou o Grande Prêmio Lélia Gonzalez, referente ao Colégio de Humanidades. Gabriela Noske, doutora em Física pela Universidade de São Paulo (USP) e número um no Grande Prêmio Elisa Esther Maia Frota Pessôa, de Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar, gravou um vídeo de agradecimento.
Ana Paula e Gabriela receberam, ainda, premiações do Instituto Serrapilheira, no valor de R$ 20 mil cada. O parceiro da CAPES premia, a cada ano, os ganhadores dos Grandes Prêmios de Ciências da Vida e de Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar. E, pela segunda edição seguida, a Fundação concedeu outros R$ 20 mil ao vencedor do Grande Prêmio de Humanidades.
A Fundação Carlos Chagas (FCC), instituição sem fins lucrativos criada em 1964 e que tem como prioridade o investimento em pesquisa e educação, por sua vez, repassou R$ 25 mil aos vencedores de Educação — Martha Haas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) — e de Ensino — Gabriela Pivaro, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Também distribuiu dois prêmios de R$ 10 mil cada aos autores que receberam menções honrosas nas áreas.
A Dimensions Sciences, organização sem fins lucrativos norte-americana fundada pela cientista brasileira Márcia Vasconcellos Fournier, por sua vez, entregou o Prêmio Nova Dimensão, de US$ 2 mil. O prêmio, destinado a uma autora na área de Biotecnologia com trabalho voltado para inovação e empreendedorismo, foi para Carine Aline Prado, da Universidade de São Paulo (USP).
Já o prêmio do IGR, voltado para a área de Ciências Políticas e Relações Internacionais, foi para João Paulo Nicolini Gabriel, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O pesquisador receberá uma bolsa de pós-doutorado internacional no valor mensal de US$ 2.100 e terá seu trabalho em destaque em publicação da editora Fundação Alexandre Gusmão.
Sobre o Prêmio CAPES de Tese
Criado em 2005, o Prêmio CAPES de Tese reconhece os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos no Brasil. Para conceder os prêmios, a CAPES leva em conta a originalidade do trabalho e a relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação do País. Ao longo desses anos, 15,7 mil teses foram inscritas.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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