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CAPES participa do Fórum de Pró-Reitores da Região Sul
Denise Pires de Carvalho, ex-reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lembrou das dificuldades enfrentadas pelas universidades nos últimos anos. “Nós estivemos juntas na Andifes em um período muito difícil, marcado pela falta de diálogo e pelo desrespeito. No entanto, devemos olhar para o futuro, pois o Brasil precisa que olhemos para frente”, comentou.
Dinara Moura, pró-reitora de pesquisa e pós-graduação da UFCSPA, destacou a especialização da instituição na área da saúde. Charles Morphy Dias dos Santos, presidente do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação das Instituições de Ensino Superior Brasileiras (FOPROP), ressaltou que o Fórum conta com mais de 270 instituições. “O evento demonstra o diálogo que conseguimos recuperar com as agências federais, o que foi muito difícil entre 2019 e 2022. Além disso, a realização do evento em Porto Alegre tem um simbolismo forte, representando o nosso papel como comunidade na reconstrução pós-enchentes”, comentou.
A presidente da CAPES também abordou a presença do órgão na Região Sul. “Eu precisava vir ao Sul para discutir os impactos e as possibilidades de a CAPES agir no sentido de mitigar os efeitos das enchentes no estado. As diretorias finalísticas, com exceção das de Ensino Básico, estão todas aqui para participar desse diálogo”, complementou.
Pesquisa e Pós-Graduação no Brasil
O Brasil ocupa o 13º lugar na classificação internacional de produção acadêmica, com base no número de artigos científicos publicados. “Apesar dos desafios enfrentados, como a pandemia e o subfinanciamento, que fizeram o País retroceder décadas nos últimos anos, o Brasil conseguiu manter essa posição, demonstrando a grande resiliência de seus pesquisadores”, afirmou Denise Pires de Carvalho em sua palestra de abertura.
Na ocasião, a presidente da CAPES detalhou informações sobre o Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG), que completará 60 anos em 2025. Ela destacou aspectos como o número de programas de excelência, avaliados com notas 6 e 7, a importância do financiamento por meio de bolsas e outros recursos, e a colaboração nacional e internacional.
“Estamos consolidando nosso Sistema, especialmente pelo avanço dos programas de excelência em nível de internacionalização. É na pós-graduação que produzimos conhecimento de ponta; portanto, o Brasil depende dos programas stricto sensu para esse fim”, explicou.
Dados apresentados pela CAPES mostram que áreas como biotecnologia e saúde se destacaram nos últimos anos. Para a presidente, “a pesquisa deve ser encarada como uma questão de soberania nacional, com foco na produção de alta tecnologia. Caso contrário, todo o nosso conhecimento pode se transformar em uma commoditie e ser exportado, a menos que envolvamos ciência e tecnologia nacional”.
Entre as metas apontadas pela presidente da CAPES estão: aumentar o número de mestres e doutores no Brasil, garantir a qualidade das pesquisas, promover a mobilidade acadêmica, reduzir as assimetrias regionais, expandir a internacionalização e promover a inclusão e a equidade na pós-graduação.
O Encontro do Fórum de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-Graduação da Região Sul segue até esta quarta-feira, dia 4 de setembro.
Com informações da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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