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PÓS-GRADUAÇÃO
CAPES leva oficinas do PNPG a três Regiões no mesmo dia
Cinco oficinas simultâneas para a construção da Agenda Nacional de Formação de Recursos Humanos de Alto Nível ocorreram na última quinta-feira, 21 de setembro, em três Regiões do País — Centro-Oeste, Nordeste e Sul. Os encontros foram realizados nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia e Rio Grande do Sul. A Agenda fará parte do novo Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG), para o período de 2024 a 2028.
Promovidas pela CAPES, as oficinas foram programadas para as 27 unidades da Federação e envolvem setores empresariais, comunidade acadêmica e a sociedade civil organizada, com o fim de levantar as prioridades dos respectivos estados para a pós-graduação, bem como receber sugestões de inovações para a área.
Em Goiás, a oficina teve a participação de Laerte Ferreira, diretor de Programas e Bolsas no País da CAPES (DPB). O gestor observou que a pós-graduação stricto sensu em Goiás cresceu 52% entre 2013 e 2021, acima da média do Centro-Oeste (36%) e do Brasil (29%), e disse que a aproximação entre o Governo Federal e os Estados é “de fundamental importância para se pensar a pós-graduação para os próximos cinco anos”.
Coordenaram o encontro de Goiás os seguintes representantes da CAPES: Ananda de Melo Martins, da assessoria da presidência da Fundação, Diego Borges Carvalho, da DPB, e Fernanda Litvin Vilas Bôas, da Diretoria de Formação de Professores da Educação Básica (DEB). Os principais temas debatidos em Goiânia foram capital humano, inovação e transformação digital, e inclusão e sustentabilidade.
Cláudio Leles, diretor Científico e de Inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), afirmou que a iniciativa da CAPES, de promover oficinas ao redor do Brasil, “mostra que o novo PNPG vai ser construído de uma forma participativa, democrática, diversa, com a contribuição de vários setores da sociedade, algo que é inovador”.
Outro estado do Centro-Oeste a receber uma oficina foi Mato Grosso do Sul, onde as discussões englobaram temas como produção sustentável, agregação de valor à agroindústria e reconhecimento dos biomas como diferencial competitivo do estado.
Para Márcio de Araújo Pereira, diretor-presidente da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), as oficinas “vão ajudar a CAPES a decidir o melhor caminho para a pós-graduação”. Andréa Vieira e Igor Secundo, ambos da DPB, conduziram a oficina. Andréa afirmou que “os estados estão engajados em mostrar as necessidades de formação locais, para fazer um sistema já consolidado se expandir ainda mais”.
Já em Mato Grosso, onde foram debatidos temas como agropecuária e cidades inteligentes, quem coordenou a oficina foram Carolina Borges e Poliana Monteiro, servidoras da DPB. Os diálogos focaram, principalmente, em agricultura, sustentabilidade e biotecnologia. Marcos de Sá Fernandes da Silva, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), acredita que o encontro ajuda a traçar diretrizes para “uma economia mais eficiente”.
A Região Nordeste teve uma oficina, na Bahia. Em pauta, assuntos como tecnologias para energias limpas e acessíveis, segurança pública, cooperativismo/associativismo e inteligência de mercado: análise de informação e criação de estratégias. Handerson Leite, diretor-geral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), disse que “a existência dessas oficinas é fundamental para que possamos ter um Plano Nacional de Pós-Graduação que tenha um recorte dos estados”.
Márcio Castro, da DPB, representou a CAPES e afirmou que “todos os temas discutidos trouxeram elementos robustos, capazes de buscar evidências científicas que dizem respeito ao desenvolvimento do Estado da Bahia”.
Os debates no Rio Grande do Sul abordaram um leque variado de tópicos, como saúde e envelhecimento, medicamentos, mudanças climáticas, sustentabilidade social e ambiental, economia circular, oceanos, biotecnologia, agro e bioeconomia, produção de alimentos, educação básica e sistemas educacionais. Odir Dellagostin, diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), classificou a oficina como “um momento único de discussão e reflexão sobre a pós-graduação”.
No Sul, a CAPES se fez presente com Júlio Piffero, servidor da DPB, que destacou o “elevado nível de diálogo”, e Manoel Cardoso, da Diretoria de Relações Internacionais (DRI) da Fundação.
Sobre o PNPG
O Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) é um instrumento de planejamento de políticas públicas para o desenvolvimento do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). O processo de construção do novo PNPG iniciou-se com a Comissão Especial, que vem se dedicando a um amplo diagnóstico e à proposição de recomendações.
Na segunda etapa, que está em curso, a CAPES avalia os subsídios dessa Comissão para construir o plano com seus componentes estratégicos, e dialoga com os estados a fim de construir a Agenda Nacional de Formação de Recursos Humanos de Alto Nível, além de prospectar inovações na pós-graduação.
Pelo cronograma, em outubro será feita uma consulta pública e, em dezembro, o documento final do Plano Nacional de Pós-Graduação 2024-2028 será encaminhado para aprovação pelo Conselho Superior da CAPES.
Legenda das imagens:
Foto 1: Oficina do PNPG em Goiás (Crédito: Fapeg/Divulgação)
Foto 2: Oficina do PNPG em Mato Grosso do Sul (Crédito: Fundect/Divulgação)
Foto 3: Oficina do PNPG em Mato Grosso (Crédito: Fapemat/Divulgação)
Foto 4: Oficina do PNPG na Bahia (Crédito: Fapesb/Divulgação)
Foto 5/Banner: Oficina do PNPG no Rio Grande do Sul (Crédito: Fapergs/Divulgação)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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