Notícias
CIÊNCIA E SAÚDE
CAPES financia projeto da UFRJ sobre fome na pandemia
O agravamento da fome como consequência da disseminação do novo coronavírus é o tema de um dos quatro projetos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) selecionados no Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) – Impactos da Pandemia . A instituição contou com o maior número de propostas, ao lado da Universidade de São Paulo (USP) .
Denise Maria Guimarães Freire, pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da UFRJ, observa que as desigualdades sociais ficaram evidentes durante a pandemia. “Em relação à fome, havia um tecido social muito frágil no Brasil. Vendia-se o almoço para ter o jantar. E o almoço parou de existir”, diz. “Quem tinha o trabalho que pôde ser remoto, se manteve. Quem não tinha, como ambulantes, não pôde. E daí veio o agravamento da fome”.
Para a pró-reitora, a ciência precisa estar presente no momento de se estudar os reflexos da pandemia. Ela observa que a maior parte da pesquisa no Brasil se dá no âmbito da pós-graduação, nível de ensino no qual a CAPES atua há mais de 70 anos, e que é preciso formular e propor políticas públicas por meio da ciência para combater esses problemas.
“O programa da CAPES é muito importante porque demanda algo que já existe”, diz a pró-reitora. “As grandes universidades têm pesquisadores de excelência em todas as áreas. Quando esses grupos de pesquisa são chamados à responder questões de cunho nacional e internacional, atendem prontamente”, afirma Freire.
A CAPES concederá 16 bolsas de mestrado, 12 de doutorado e 12 de pós-doutorado à UFRJ, além de R$396.324,00 para custeio. Os quatro projetos da instituição são:
- O agravamento da fome e da insegurança alimentar em diferentes cenários de desigualdades sociais no Brasil no contexto da pandemia de COVID-19;
- Saúde mental na síndrome pós-COVID-19: os efeitos globais e sistêmicos da redução da aptidão física na saúde, adoecimento social e capacidade produtiva;
- Espaço, redes de apoio e rotas de fuga: cidades em transformação;
- Obstáculos à comunicação de risco na pandemia de COVID-19: infodemia, desinformação, algoritmo e desconfiança em contextos de polarização política e de crise dos sistemas peritos.
Sobre saúde mental, Denise afirma ser importante estudar as consequências de um cenário de mudanças bruscas como foi o da pandemia para as pessoas. Quanto à informação, ela observa que as distâncias mudaram as formas de comunicação, com maior uso de tecnologias. Já sobre cidades em transformação, ela afirma ser preciso desenvolver “cidades inteligentes, acolhedoras e sustentáveis”.
Sobre o programa
O
PDPG – Impactos da Pandemia
é o quarto edital do
Programa Estratégico Emergencial de Prevenção Combate a Surtos, Endemias, Epidemias e Pandemias
, que tem a finalidade de incentivar estudos sobre a prevenção e o enfrentamento à COVID-19 e outras doenças. Estão previstos investimentos de até R$25,1 milhões.
Legenda das imagens:
Banner:
Imagem ilustrativa
(Foto: iStock/JAIRFERREIRABELAFACCE)
Imagem 1:
Logotipo do Programa Combate a Epidemias
(Foto: Arquivo pessoal)
Imagem 2:
Denise Freire, pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da UFRJ, diz que o programa da CAPES é estratégico ao apostar em uma demanda existente (Foto: Arquivo pessoal)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura CCS/CAPES