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70 ANOS
CAPES estimula ciência voltada para sustentabilidade
Uma das mais importantes linhas de ação desenvolvidas pela CAPES é direcionada a estimular pesquisas cujo foco seja a preservação do meio ambiente. Nestes 70 anos de existência, a serem completados em julho, a Coordenação fomenta iniciativas que priorizem a sustentabilidade do planeta. Das agroflorestas à bioesponja, passando por geração de energia a partir de microalgas, a atuação da Fundação almeja um futuro ambientalmente correto.
Jéssica Croda , engenheira florestal, e bolsista da CAPES no doutorado, em Engenharia Florestal na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), estuda sistemas agroflorestais que melhorem a qualidade do solo, a recarga hídrica e a conservação da biodiversidade. Sua pesquisa também abrange a diversificação da produção da agricultura familiar. “As agroflorestas proporcionam a recuperação ambiental aliada à produção de alimentos de forma sustentável, gerando renda, diversificando a propriedade rural, valorizando os conhecimentos tradicionais e melhorando a segurança alimentar das pessoas”, explica.
Pensando em contribuir para a redução do efeito estufa no planeta, Michael Douglas Roque Lima , também engenheiro Florestal, pesquisa em seu doutorado em Ciência e Tecnologia da Madeira, na Universidade Federal de Lavras (Ufla), o aproveitamento energético dos resíduos madeireiros para geração de energia limpa. “A ampliação do conhecimento relacionado ao potencial energético da biomassa florestal contribui com essa discussão no âmbito mundial e coloca o Brasil como modelo em geração de energia limpa”, destaca o bolsista da CAPES.
Na mesma linha de ação, José Yago Rodrigues Silva , químico doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência de Materiais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), desenvolveu uma esponja biodegradável e reutilizável. A bioesponja é 100% sustentável e produzida a partir do alginato, um composto orgânico presente nas algas marinhas, capaz de absorver rejeitos de petróleo em oceanos e rios. ”O mundo exige a cada instante o cuidado com o meio ambiente. O desenvolvimento e a aplicação desse produto contribuiriam para a formação de uma imagem positiva de desenvolvimento e preocupação com o meio ambiente”, destaca.
Outro estudo na área é realizado pela bolsista Priscila Alves , doutoranda na Universidade de Exeter, na Inglaterra. Em suas pesquisas, ela criou um modelo de medidas sustentáveis para reduzir alagamentos em Campina Grande, cidade paraibana onde ela se formou. Publicado em revista científica internacional, o trabalho foi destaque no jornal norte-americano The New York Times . “Resultados mostraram ótimas porcentagens de redução de alagamentos das medidas isoladas e até 85% de redução com a combinação das medidas verdes”, comemora a pesquisadora.
Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), Breno Araújo Lopes , integrante do núcleo de pesquisa de energias autossustentáveis, ajudou a desenvolver um sistema que transforma resíduos sólidos, não recicláveis, em energia autossustentável e renovável. A pesquisa utiliza microalgas para tratar as emissões poluentes. O sistema criado incinera os resíduos e transforma esses rejeitos em CO², água e cinzas. As microalgas são usadas para absorver as emissões poluentes do processo. O calor que resulta dessa interação é transformado em vapor e enviado para uma termoelétrica, gerando, assim, eletricidade.
Legenda das imagens:
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Imagem ilustrativa
(Foto: iStock)
Imagem 1: Logotipo criado em comemoração aos 70 anos da CAPES (Foto: CCS/CAPES)
Imagem 2: Jéssica Croda, engenheira florestal, e bolsista da CAPES no doutorado (Foto: Arquivo Pessoal)
Imagem 3: Michael Douglas Roque Lima, engenheiro Florestal, pesquisa em seu doutorado em Ciência e Tecnologia da Madeira
(Foto: Arquivo Pessoal)
Imagem 4: José Yago Rodrigues Silva, químico doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência de Materiais
(Foto: Arquivo Pessoal)
Imagem 5: Priscila Alves, doutoranda na Universidade de Exeter
(Foto: Arquivo Pessoal)
Imagem 6: Breno Araújo Lopes, integrante do núcleo de pesquisa de energias autossustentáveis
(Foto: Arquivo Pessoal)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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