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CAPES e USP assinam acordo de quase R$ 5 milhões para o HRAC
A CAPES e a Universidade de São Paulo (USP) assinaram nesta quinta-feira, 29 de dezembro, acordo de cooperação técnica de R$ 4,7 milhões para fomentar a alta formação de recursos humanos para o Hospital de Reabilitação de Anomalias Cranofaciais (HRAC), de Bauru (SP). A cerimônia ocorreu por videoconferência e contou com a participação de Cláudia Queda de Toledo, presidente da Fundação, e Carlos Carlotti Júnior, reitor da instituição de ensino.
Cláudia de Toledo afirmou que o acordo traz benefícios “não só para a a CAPES e para a USP, mas para toda a sociedade”. “ Trata-se do reconhecimento do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação do HRAC como único no mundo, passando a identificá-lo como um programa estratégico”, disse. “Em nenhum local do mundo se trata lesões craniofaciais com a excelência da formação de pessoas que existe na USP de Bauru”, continuou a presidente da CAPES, que elogiou a condução de Carlotti à frente da USP, “com um olhar para o HRAC desde que era pró-reitor da maior universidade do País”, e lembrou “a gestão histórica do Tio Gastão”, como é conhecido José Alberto de Souza Freitas, fundador do HRAC.
Zena Martins, diretora de Programas e Bolsas no País da CAPES, disse que “ o HRAC nasceu e continua grandioso” e que “é um momento de alegria, de saber que podemos continuar com uma proposta grandiosa”.
A CAPES, que já atua no HRAC com seus programas institucionais, identificou a necessidade de apoiar de forma estratégica o PPG em Ciências da Reabilitação, em função de sua contribuição na formação de excelência para o País e o impacto social que apresenta. O acordo prevê investimentos ao longo de quatro anos. Dos R$4,7 milhões, R$500 mil serão destinados a recursos de custeio, R$43,8 mil a recursos de capital e o restante para a concessão de até 48 bolsas de mestrado, 20 de doutorado e 28 de pós-doutorado.
Atualmente, dos 124 alunos matriculados, 27 são beneficiados pelos programas institucionais da CAPES, sendo 11 de mestrado e 16 de doutorado. Com o acordo de cooperação, o PPG em Ciências da Reabilitação passará a receber o financiamento dos programas estratégicos da CAPES. Para o HRAC, a ação será de extrema importância para a continuidade do trabalho de excelência, pois a falta de recursos é a principal causa de abandono do curso, apresentada por 66% dos alunos.
Carlos Carlotti Júnior disse ter ficado “muito feliz que a CAPES tenha identificado essa excelência em Bauru” ao olhar o PPG de forma estratégica, e acrescentou: “Tenho planos muito bons para o HRAC. Será não somente um centro de lesões cranofaciais, mas passará a ser o carro-chefe do futuro Hospital das Clínicas de Bauru (HCB), o principal instituto dentro do desenvolvimento do HCB ”.
Ivy Suedam, coordenadora do PPG em Ciências da Reabilitação da USP, afirmou que “trata-se de apoio nunca presenciado em nosso meio, mesmo por nossos docentes mais experientes” e disse que o fato de o PPG ser considerado estratégico “traz responsabilidades adicionais, como aumentar o número de alunos titulados, melhorar a qualidade das pesquisas e melhorar e aumentar a qualidade de quantidade de nossas publicações”.
A investigação acadêmico-científica proporcionada pelo PPG em Ciências da Reabilitação já titulou 403 mestres e doutores de diversas partes do País. Avaliado com nota 5, o PPG tem características singulares, especialmente no atendimento local e reabilitação de anomalias craniofaciais. Interdisciplinar, o programa recebe alunos de diferentes áreas do conhecimento de todo o País, que reproduzem essa experiência no atendimento de sua região, e se diferencia também ao considerar os critérios de solidariedade previstos pela Avaliação da CAPES, oferecendo apoio a instituições de outras regiões, principalmente, Norte e Nordeste.
Também participaram da reunião Livia Palumbo, diretora de Relações Internacionais da CAPES, Sergio Avellar, diretor de Avaliação da CAPES, Júlio Píffero, coordenador-geral de Fomento a Ações Estratégicas da Diretoria de Programas e Bolsas do País da CAPES, Carlos Ferreira dos Santos, superintendente do HRAC, e Niels Olsen Saraiva Câmara, coordenador do Laboratório de Imunobiologia de Transplantes da USP.
Sobre o HRAC
Fundado em 1967, o HRAC — reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e certificado como Hospital de Ensino pelos Ministérios da Saúde e da Educação —, antes conhecido como Centrinho, é um centro de referência do País no tratamento da fissura lábio-palatina, uma anomalia craniofacial que atinge uma em cada 650 crianças nascidas no Brasil. Além do atendimento a cerca de 130 mil pacientes, no local são formados profissionais de alto nível.
O HRAC recebe apoio da CAPES desde 1987, por meio de bolsas e recursos de custeio. O atendimento tem forte ligação com a investigação acadêmico-científica e técnicas desenvolvidas pelos estudantes e professores. O hospital contribuiu com a criação do Instituto Yaçuri da Amazônia, que conta com egressos do HRAC, inclusive a diretora da instituição, que realiza, além de cirurgias de fissuras, o aconselhamento, apoio nutricional e fonoterapia, além de outros atendimentos a crianças da região.
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A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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