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Capes e UnB esclarecem dúvidas sobre bolsas de doutorado sanduíche
O antigo Programa de Doutorado no País com Estágio no Exterior (PDEE) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) foi reformulado. Agora, chamado Programa Institucional de Bolsas de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) promete mais agilidade para os estudantes. Segundo Fernanda Leite, responsável no Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação (DPP) da Universidade de Brasília (UnB) pelo programa Ciência Sem Fronteiras, isso ocorre por três razões: não existe a necessidade do teste de proficiência no idioma da instituição de intercâmbio, os alunos podem viajar em qualquer época do ano e a burocracia diminuiu.
"Agora, o programa é mais institucionalizado, a universidade tem mais autonomia. Além disso, cada curso tem uma cota. Se não for utilizada, existe uma maior flexibilidade entre os departamentos. Ou seja, outro curso pode utilizá-la", comemora Ivone Resende, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ecologia.
Outra entusiasta do novo programa é a aluna de doutorado em Bioética, Cleide Bernardes. "Ele é menos burocrático, tem uma flexibilidade maior. Só falta aumentar a bolsa", explica. Na Inglaterra, a remuneração mensal é de 910 libras, na União Europeia são pagos 1300 euros e nos EUA, 1.300 dólares (informe sobre os demais valores aqui ). Entre outros benefícios cobertos pela bolsa estão: seguro saúde, despesas iniciais de acomodação e passagem de ida e volta, entre outros.
Denise Bomtempo, Decana de Pesquisa e Pós-Graduação da UnB, explica que ainda há falta de informação e interesse que justifica a reduzida participação dos alunos nos programas de bolsas sanduíche de doutorado. "Há vagas disponíveis, faltam estudantes para as oportunidades de doutorado sanduíche. É preciso que os orientadores sensibilizem seus alunos para a importância de ter uma experiência no exterior", explica.
Helena Albuquerque, analista em C&T da Capes, explica que as principais dúvidas dos alunos são sobre o envio de documentos e em relação aos tipos de visto que devem ser emitidos para cada país. Albuquerque esclarece que todas as informações sobre o envio de documentos estão disponíveis no manual do candidato . Sobre os tipos de visto, ela explica que cada país possui uma legislação própria e solicita um tipo de visto específico. "No Canadá, por exemplo, é pedido um visto de trabalho e na Inglaterra um de visitante acadêmico. O único visto que não é aceito é o de turista", explica.
Segundo Leite, de maio até hoje, os cursos mais procurados pelos alunos da UnB foram Ciências da Saúde, Geologia, Ciências Humanas e as engenharias. Já os destinos mais visados são Estados Unidos, Espanha, Canadá e Portugal.
Para evitar dúvidas, a responsável do DPP pelo programa recomenda um pequeno passo a passo para o estudante que queira inscrever-se: ler o edital e o Manual do Candidato, definir o país de destino, entrar em contato com o coordenador do curso, consultar um co-orientador no país de destino e, por fim, reunir a documentação necessária.
Graduação
Já no que diz respeito à graduação, segundo Bomtempo, 60 alunos já passaram pelo crivo do Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação (DPP) e suas solicitações já foram encaminhadas à CAPES para a homologação. A instituição que apóia o ensino superior prioriza algumas áreas entre os estudantes de graduação: Ciências Tecnológicas, Engenharias, Ciências Exatas e da Terra. "Um estudante universitário no exterior abre seus horizontes. Ele vai agregar valor a sua formação. Esse programa vem ao encontro dessa experiência. O estudante vai mudar, vai ser outro estudante quando voltar", incentiva.
Para mais informações sobre o programa, leia aqui .
( fonte: Agência UnB )