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Acordo leva estudantes de engenharia a escolas públicas estaduais
Com objetivo de aproximar escolas públicas estaduais com estruturas físicas comprometidas e instituições de ensino com estudantes de engenharia que necessitam de prática profissional, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) assinou na manhã desta segunda-feira, 26, um memorando de entendimento com o Governo do Estado do Rio Grande do Sul e instituições de ensino superior com cursos de engenharia. A cerimônia aconteceu no Salão Azul do Palácio do Piratini, em Porto Alegre.
O presidente da CAPES, Abilio Baeta Neves, destacou o caráter de ineditismo do convênio firmado. “Por meio das duas diretorias de nossa agência voltadas a formação de educação básica, com Carlos Lenuzza à frente, temos realizado um trabalho que se pauta por duas instâncias: parcerias e resultados. Por muito tempo nós avaliamos as políticas públicas numa perspectiva de meio: quando se gastou, quando se investiu. Nosso foco agora é o que se obteve com a ação. Queremos ver a recuperação das escolas acontecendo, esse será o resultado concreto desta parceria”, definiu.
O Estado do Rio Grande do Sul conta atualmente com mais de 2.500 escolas em funcionamento na rede pública estadual de ensino. Destas, uma significativa parcela é composta por prédios antigos, que necessitam de reformas para melhoria das condições físicas, o que inclui a reforma e modernização das redes elétricas. A partir da parceria com dez universidades da região, pretende-se elaborar projetos elétricos para posterior reforma das escolas estaduais. Quando implementadas essas transformações, as escolas públicas estaduais disporão de uma melhor estrutura física, tais como laboratórios de ciências, de informática, salas de aula, dentre outros.
Para essa parceria, 75 universitários dos cursos de Engenharia Elétrica das instituições apoiadoras foram contratados como estagiários pelo Governo gaúcho. Eles vão trabalhar na elaboração dos projetos das obras que depois serão executadas nas escolas, sempre monitorados e orientados por professores de Engenharia. O que foi anunciado nesta segunda-feira, 26, é que a CAPES oferecerá, inicialmente, 30 bolsas de R$ 1.500 a cada um desses professores-tutores.
Na concepção do projeto está a filosofia de que disponibilizar melhores espaços físicos nas escolas contribui para a melhoria do aprendizado dos estudantes das escolas da educação básica beneficiadas, enquanto os estudantes dos cursos de engenharia de graduação e pós-graduação beneficiam-se com a prática profissional supervisionada que aproxime sua formação às condições físicas estruturais das escolas públicas do Estado.
O governador do Estado, José Ivo Sartori, elogiou a iniciativa como ideia simples e poderosa ao combinar interesses comuns inteligência de gestão. “É uma atitude de gestão. Seriedade, parceria e trabalho conjunto para aplicar com eficiência os recursos públicos e melhorar os serviços oferecidos. Porque é assim que vamos conseguir qualificar, lá na ponta, a rotina de milhares de estudantes, para que tenham mais qualidade, mais segurança e um ambiente escolar diferenciado”, ressaltou.
O evento de assinatura é uma etapa do projeto “Da estrutura da Escola ao Aprendizado – Integrando Ações para Alcançar Melhores Resultados na Educação”, da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, que busca solucionar questões que envolvem as escolas públicas e instituições de ensino superior do Rio Grande do Sul.
Parceria com o SESI
Na ocasião também foi celebrada a assinatura com o Serviço Social da Indústria (SESI) para a qualificação de gestores e educadores. O projeto pretende capacitar 450 professores e gestores da educação básica, prioritariamente do ensino médio, por meio de quatro módulos presenciais que totalizarão 124h. O projeto está orçado em R$ 1,9 milhão. O valor será financiado pela CAPES, com uma contrapartida do SESI (18,34%), que também entra com a parte de logística e espaço físico para as aulas.
Segundo o secretário da Educação do Rio Grande do Sul, Ronald Krummenauer, a ideia é beneficiar cerca de 2,5 mil diretores e o maior número possível professores da rede estadual. “São dois objetivos muito específicos: o primeiro é a gestão do dia a dia. Sabemos que a rotina dos diretores envolve questões administrativas e financeiras que ficam muito longe da experiência e da formação inicial deles, então, isso tem que ser corrigido. O segundo ponto é o uso da tecnologia e a adaptação ao aluno do século 21. O professor tem que se aproximar mais desse aluno, que já nasceu dominando essas novidades”, explicou. O cronograma com data de início e locais dos cursos de formação será apresentado em abril.
(Pedro Arcanjo – Porto Alegre – CCS/CAPES – Com informações da Secretaria de Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul)
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