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Capes e delegação chinesa discutem cooperação para o Ciência sem Fronteiras
Como parte dos esforços da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no intuito de estabelecer parcerias educacionais e acadêmicas no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras (CsF), a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) recebeu, nesta quarta-feira, 23, na sede da fundação, deleção chinesa para reunião de entendimento entre os países.
Participaram do encontro 26 representantes, entre membros da Academia Chinesa de Engenharia, do Instituto Chinês de Ciência e Tecnologia, professores das principais universidades chinesas e executivos seniors de companhias de tecnologia de ponta. A aproximação é um desdobramento da reunião, realizada em abril deste ano com o China Scholarship Council (CSC).
Após apresentar a estrutura de funcionamento da fundação e o programa Ciência sem Fronteiras, o diretor de relações internacionais da Capes, Marcio de Castro Filho, ressaltou a, ainda inicial, cooperação entre Brasil e China na área de ciência e tecnologia e a importância do estreitamento de relações. “Estou convencido de que a China e o Brasil têm um papel fundamental no século 21, principalmente na área de educação, ciência e tecnologia. Podemos caminhar juntos em busca de interesses que sejam profícuos aos dois países”, disse.
Segundo Filho, somente 7,58% das bolsas para doutorado sanduíche no exterior e 5,42% das bolsas para estágio pós-doutoral concedidas pela Capes têm como destino a China. “Esses números são muito modestos. Podemos fazer muito mais que isso”, enfatizou. O diretor afirmou ainda que a intenção é que sejam priorizadas as áreas abarcadas pelo CsF. Hoje, linguística, letras e artes são as áreas de maior intercâmbio entre os países.
Possibilidades de cooperação
Como possibilidades de cooperação com a China, Marcio de Castro citou a graduação sanduíche no exterior, principalmente em física e nas engenharias; o ensino de português e mandarim nos dois países; o apoio aos centros de estudo asiáticos e chineses no Brasil; e a parceria na organização de workshops, seminários e encontros técnicos científicos.
“A partir do que vi aqui posso constatar a firme decisão do governo federal brasileiro de cooperar internacionalmente na área de ciência e tecnologia”, disse o diretor suplente da Academia Chinesa de Engenharia, Zhang Jianguo. Além de conhecer o programa, os membros da delegação puderam tirar dúvidas sobre do funcionamento da pesquisa científica brasileira em aspectos como avaliação, incentivos, ética profissional e credibilidade.
Segundo Jianguo, a China apresenta condições favoráveis à cooperação alinhada aos objetivos do CsF. Isso, porque o país, por meio de um órgão denominado Administração Nacional de Especialistas Estrangeiros, possibilita a cientistas chineses estudarem fora do país e a especialistas estrangeiros a realizarem pesquisas na China. “Aprendemos muito da experiência brasileira. Apesar de distantes geograficamente, os cientistas brasileiros e chineses pensam igual e a distância não separará a cooperação e o intercâmbio”, finalizou Jianguo.
A delegação chinesa elaborará relatório do encontro, o qual será encaminhado à Capes posteriormente.
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Brasil e China trabalham para cooperação educacional
Ciência sem Fronteiras
O Programa Ciência sem Fronteiras é uma iniciativa do Governo Federal que busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio de alunos de graduação e pós-graduação e da mobilidade internacional. O projeto prevê a concessão de até 75 mil bolsas em quatro anos. O programa é fruto de esforço do Ministério da Educação (MEC), em conjunto com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por meio de suas respectivas instituições de fomento –Capes e CNPq –, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC.
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Gisele Novais