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CAPES e Comissão Fulbright realizam encontro sobre modernização do Ensino de Graduação
A Diretoria de Relações Internacionais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), em parceria com a Comissão Fulbright, realizou nesta quinta-feira, 14, o workshop “Experiências de Modernização do Ensino de Graduação nos EUA”. O encontro aconteceu no edifício-sede da CAPES, em Brasília, motivado pela necessidade de revisão das diretrizes curriculares do ensino superior brasileiro, tendo como referência o estudo de experiências internacionais de sucesso.
Para a Diretora de Relações Internacionais da CAPES, Concepta McManus Pimentel, a discussão do assunto é relevante para todos os níveis de ensino. “Embora a CAPES seja ligada à Pós-graduação, vemos a necessidade de mudanças radicais na graduação para que a pós-graduação exerça uma função mais proativa e inovadora. Estamos engajados nessa tarefa e certos da absoluta necessidade de mudanças tanto na graduação, quanto nos outros níveis de ensino”, disse.
Também presente no Workshop, o presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE), Luiz Roberto Liza Curi, afirmou que a revisão tem como foco o ordenamento e o estímulo às instituições no sentido de organizarem suas próprias políticas institucionais curriculares. “O que vemos hoje é a absorção das diretrizes curriculares nacionais como se fossem minicurrículos. Ou seja, as instituições não se movem na direção da busca de diversidade, de inovação, de questionamentos em relação à funcionalidade do processo formativo. Não há avaliação do egresso, não há atividades práticas sistêmicas, não há diversidade no processo de aprendizado. O que existe é a realidade da sala de aula, realidade essa que não muda”, afirmou.
Segundo Curi, as diretrizes estão sendo revistas em uma concepção mais ampla e geral, mediante a elaboração de um documento que leve em conta a importância de práticas reais; as formas de aprendizado diversa à sala de aula; a presença programas de extensão e a dispensação de conhecimentos disciplinares por meio de pesquisa, entre outros aspectos. “A ideia fundamental é que a pesquisa entre na sala de aula e seja uma forma de aprendizado. Que o professor não são seja um “auleiro”, mas seja um coordenador da leitura, escrita e da exposição e que os alunos possam se orientar pela própria produção do conhecimento”, explicou.
A atuação da CAPES e da Fulbright, de acordo com Curi, passa pela necessidade da realização de um esforço e de uma mobilização que gere respeito por experiências internacionais bem-sucedidas, com uma direção já consolidada. “É com o apoio da CAPES e da Fulbright que iniciamos um projeto de suporte a essa determinação do estado brasileiro de reordenar sua base curricular e fazer com que as instituições possam buscar exemplos inovadores, que possam ilustrar a própria regulação e avaliação”, completou.
Segundo o diretor Executivo da Comissão Fulbright, Luiz Valcov Loureiro, a inciativa do workshop será seguida por uma visita à duas universidades americanas. “É muito importante que nos empenhemos em mobilizar agentes que sejam catalisadores desse processo e mobilizadores das mudanças que precisam ser feitas”, finalizou.
Experiências de Sucesso
Os presentes tiveram a oportunidade de conhecer duas experiências inovadoras. A Professora da
Carle School of Medicine
,
University of Illinois
, Olivia Coiado, apresentou o estudo de caso na área de formação em Ciências Médicas; e o Decano em Graduação para Educação da
Kate Gleason College of Engineering
, Matthew Marshall e o professor do
Rochester Institute of Technology
, Marcos Esterman, apresentaram a experiência na área de Engenharia.
(Gisele Novais - Brasília – CCS/CAPES)
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